Thomás Aquino reflete sobre rótulo de galã e diversidade de belezas na sociedade

Ana Cora Lima

Thomás Aquino, ator pernambucano de Recife, transformou sua vida aos 20 anos ao ser aprovado em testes para a peça "O Grande Circo Místico". Desde então, ele construiu uma carreira de 19 anos no teatro, cinema e televisão, e atualmente vive um momento de grande visibilidade.

O ator está em destaque em duas novelas da Globo: "Guerreiros do Sol", onde interpreta o protagonista Josué, e o remake de "Vale Tudo", no papel de Mário Sérgio. Além disso, ele brilha na série "DNA do Crime", da Netflix, que tem atraído a atenção do público.

Thomás expressa sua satisfação com o reconhecimento do seu trabalho. "O que eu mais quero não é a fama pela fama, mas o que o meu trabalho pode proporcionar," afirma. Ele reflete sobre seu novo status como galã, um título que considera inusitado, já que nunca se viu representado nesse papel. "Sempre havia um padrão: loiros, olhos azuis, morenos fortes... Mas também existem outras belezas fora dessa bolha," diz.

O ator compartilha que já foi chamado de "patinho feio", uma experiência que o marcou. "Recebi muitos 'nãos' por não me enquadrar como um produto padrão," revela. Para ele, a sociedade precisa repensar o que considera bonito e discutir questões como machismo e a diversidade.

Thomás descreve seu personagem Josué como um homem obstinado e íntegro, enquanto Mário Sérgio, de "Vale Tudo", é um papel com muitas camadas a serem exploradas. "Estou aqui porque eu tenho essa ambição e tive foco," conclui, destacando sua dedicação ao longo da carreira.