06 de jul 2025

Marie-Dominique Lelièvre afirma que Chanel tinha tendências antissemitas
Marie Dominique Lelièvre expõe segredos de ícones da moda em novo livro, desafiando a indústria e revelando verdades ocultas.

Marie-Dominique Lelièvre, a biógrafa francesa, em uma imagem cedida por ela. (Foto: Carole Beillache)
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Marie-Dominique Lelièvre, jornalista e biógrafa francesa, lança "Françoise Sagan a toda velocidad" em espanhol, revelando segredos de figuras icônicas da cultura francesa. O livro, publicado pela editorial Superflua, celebra o 90º aniversário de Sagan e explora a vida de personalidades como Coco Chanel e Yves Saint Laurent.
Lelièvre, que já escreveu sobre diversos ícones, utiliza suas obras para investigar os aspectos obscuros da sociedade francesa do pós-guerra. "Acredito que me tornei retratista porque o mundo é cada vez mais narcisista e precisamos nos identificar com outras pessoas," afirma. Sua abordagem vai além da biografia, buscando entender o contexto histórico que moldou essas figuras.
A autora enfrentou retaliações da indústria da moda por suas biografias críticas. O livro "Saint Laurent, chico malo", publicado em 2010, gerou descontentamento em Pierre Bergé, ex-parceiro de Saint Laurent, que tentou censurar a autora. Lelièvre, no entanto, já havia coletado informações valiosas, incluindo relatos de pessoas próximas ao designer.
Chanel, em particular, é um tema delicado. Lelièvre não hesita em afirmar que "Chanel era antisemita e colaboracionista," o que lhe custou amizades e colaborações na indústria. Sua franqueza em abordar o passado sombrio da moda francesa a afastou de eventos e recomendações em revistas especializadas.
Apesar das dificuldades, Lelièvre continua a escrever para publicações como Libération e Marianne. Seus livros, que misturam pesquisa rigorosa e narrativa envolvente, atraem o interesse de cineastas e servem como base para produções que exploram a relação entre a moda e a história. A biógrafa mantém um arsenal de segredos, mas reconhece que nem tudo pode ser revelado. "Não se pode contar tudo," conclui, refletindo sobre os limites da biografia.
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