10 de jul 2025
Sérgio Cardoso: a trajetória do galã esquecido do teatro e da televisão
O livro de Jamil Dias revela a trajetória de Sérgio Cardoso e destaca sua luta por reconhecimento na televisão brasileira.

Foto da capa de 'Sérgio Cardoso: Ser Ou Não Ser' (Foto: NL SC/Divulgação)
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Sérgio Cardoso: Ser e Não Ser é o título do novo livro de Jamil Dias, que revela aspectos inéditos da vida do ator brasileiro, famoso por sua atuação no teatro e na televisão. O livro destaca a transição de Cardoso para a TV nos anos 1960 e os desafios que enfrentou, incluindo a falta de reconhecimento por sua trajetória na Globo, onde trabalhou até sua morte repentina em 1972.
O autor narra um episódio emblemático em que Cardoso, ao ser abordado por uma mulher em uma agência bancária, é criticado por sua migração do teatro para a televisão. A indignação da senhora reflete a resistência da época à nova mídia, que era vista como uma degradação da arte. Dias, professor de artes cênicas, observa que essa transição foi um "crime imperdoável" para muitos contemporâneos do ator.
Sérgio Cardoso foi um dos primeiros nomes do Teatro Brasileiro de Comédia, ao lado de Cacilda Becker, e se destacou em uma época em que o teatro era um símbolo de prestígio cultural. Após deixar o TBC, fundou uma companhia com sua esposa, Nydia Lícia, e se tornou uma referência nas artes cênicas. Contudo, a perda de sua esposa e a mudança no cenário teatral o levaram a uma fase de frustrações.
A televisão, inicialmente vista com desdém por Cardoso, se tornou um novo palco de sucesso. Ele estreou na TV Tupi em "O Sonho de Helena", onde foi redescoberto como galã. Sua popularidade cresceu, especialmente em "Antônio Maria", atraindo a atenção da Globo, que buscava consolidar sua presença em São Paulo. Apesar de sua contribuição significativa, Dias critica a falta de reconhecimento do ator nas comemorações dos 60 anos da emissora.
Cardoso faleceu em 1972, aos 47 anos, em um momento de grande notoriedade. Sua morte gerou rumores infundados sobre seu estado após o enterro, mas o legado do ator permanece vivo através de sua obra e da nova biografia que ilumina sua trajetória. O livro de Jamil Dias, além de resgatar a memória de Cardoso, também provoca reflexões sobre o reconhecimento e a valorização dos artistas no Brasil.
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