- Arvo Pärt, compositor estoniano, completará 90 anos em setembro de 2025.
- Homenagens estão programadas em locais como o Royal Albert Hall, em Londres, e o Carnegie Hall, em Nova York.
- Pärt é um dos compositores mais apresentados no mundo, ao lado de John Williams.
- Ele enfrentou censura soviética e um bloqueio criativo após a proibição de sua obra “Credo” em 1968.
- Em 2017, recebeu o Prêmio Ratzinger, concedido pelo papa Francisco, reconhecendo sua contribuição à música sacra.
Arvo Pärt, compositor estoniano renomado, completará 90 anos em setembro de 2025. Homenagens estão programadas em importantes salas de concerto, como o Royal Albert Hall, em Londres, e o Carnegie Hall, em Nova York. Pärt é um dos compositores mais apresentados globalmente, rivalizando com John Williams.
Nascido na Estônia, Pärt enfrentou a censura soviética e um bloqueio criativo após a proibição de sua obra “Credo” em 1968. Essa experiência o levou a uma epifania ao ouvir canto gregoriano, que o inspirou a retomar a composição. Ele desenvolveu o estilo tintinnabuli, caracterizado por uma economia musical que combina linhas melódicas e harmônicas.
A música de Pärt, profundamente ligada à religião, não se limita a obras litúrgicas. Ele nunca se comprometeu com uma única vertente de fé, mas sua obra reflete uma busca espiritual. Em 2017, recebeu o Prêmio Ratzinger, considerado o Nobel da teologia, do papa Francisco.
Pärt, que se exilou na Alemanha em 1980, influenciou não apenas músicos eruditos, mas também artistas pop como PJ Harvey e Radiohead. Sua música transcende a ideia de pregação, sendo acessível e serena. O compositor, que foi expulso do sindicato de compositores da Estônia, se tornou um ícone da resistência cultural e da liberdade artística.