- Iris Lettieri, conhecida como “a voz do Galeão”, faleceu aos 84 anos em seu apartamento em Botafogo no dia 28 de outubro, devido a um infarto.
- Ela trabalhou na Infraero a partir de 1976, após uma breve carreira como apresentadora de telejornais.
- Sua locução se tornou um símbolo emocional para gerações de passageiros do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro.
- Iris utilizava uma entonação suave fora do estúdio, contrastando com sua poderosa locução, que anunciava chegadas e partidas.
- Seu legado perdura, pois ela se tornou parte da experiência de viajar, sendo reconhecida em diversos aeroportos do Brasil.
Iris Lettieri, a icônica locutora conhecida como “a voz do Galeão”, faleceu aos 84 anos em seu apartamento em Botafogo, no dia 28 de outubro, vítima de um infarto. Sua trajetória na Infraero começou em 1976, após uma breve carreira como apresentadora de telejornais.
A voz de Iris se tornou um símbolo emocional para duas gerações de passageiros do Aeroporto Internacional do Rio de Janeiro, tanto brasileiros quanto estrangeiros. Sua locução, que anunciava chegadas e partidas, era inconfundível e cativante, mesmo que poucos soubessem quem estava por trás dela. “Varig… Vôo 276… Para Cuiabá… Embarque… Portão cinco…” eram frases que despertavam o desejo de viajar, independentemente do destino.
Embora Iris fosse uma mulher bonita, sua presença no microfone criava uma aura de mistério. “A voz do Galeão não tinha rosto nem nome”, afirmam os que a conheciam. Ela utilizava uma entonação suave e natural fora do estúdio, contrastando com a poderosa locução que a tornava famosa. Em uma conversa, Iris revelou que sua locução era feita com palavras isoladas, rearranjadas eletronicamente para se adaptar a outros aeroportos.
Legado Duradouro
O impacto de Iris Lettieri vai além de sua voz. Ela se tornou “a voz do Brasil”, sendo reconhecida em diversos aeroportos do país. Sua habilidade de seduzir e encantar com a locução deixou uma marca indelével na memória de muitos. A locutora não apenas anunciou voos, mas também se tornou parte da experiência de viajar, criando uma conexão única com os passageiros.
A morte de Iris representa a perda de uma figura que transcendeu sua função, tornando-se um ícone cultural. Sua voz, que ecoou nos terminais do Galeão por décadas, permanecerá viva na lembrança de todos que tiveram a oportunidade de ouvi-la.