- Rebecca Dawson assumirá a Bristol Old Vic em seis de janeiro, na posição de diretora executiva e cêntrica, em ano de its 260º aniversário.
- Ela defende o uso estratégico de grandes nomes no elenco para atrair público, desde que sejam artistas adequados e bem escolhidos.
- Atrações como Mel Giedroyc e Jayde Adams já integraram produções locais, em meio a debates sobre subsídios públicos adicionais.
- A direção reforça a necessidade de diversificar fontes de renda, incluindo produções com astros renomados, sem abrir mão da qualidade.
- Dawson mencionou competição com serviços de streaming, défices fiscais e o impacto do pós-pandemia, pedindo mais financiamento público para o setor cultural.
Rebecca Dawson assume a direção executiva do Bristol Old Vic em 6 de janeiro, abrindo o ano de 260 anos do teatro. A instituição reforça que a estratégia inclui usar grandes nomes para atrair público, mantendo a qualidade das produções.
Dawson, que chefiará a programação ao lado da diretora artística Nancy Medina, afirma que o momento é desafiador devido à pandemia, à austeridade e ao custo de vida. A equipe já integrou nomes como Mel Giedroyc e Jayde Adams em peças locais.
Ela defende um modelo de economia mista, com maior uso de atores de renome quando adequado, desde que o elenco seja escolhido por meio de processo transparente e relevante para a produção. O objetivo é ampliar o alcance sem comprometer o conteúdo.
Contexto e justificativas
O tema voltou a ganhar fôlego após críticas de dirigentes de guildas sobre o impacto de estrelas de cinema e TV no teatro, com preocupações sobre o efeito em teatros médios. Em Londres, há exemplo de grandes astros em peças de maior cartaz que elevam a procura por ingressos.
Dawson destaca que o uso estratégico de nomes famosos pode funcionar como porta de entrada para o público, além de diversificar as fontes de receita do Bristol Old Vic, que já utiliza produções com números de bilheteria mais altos para sustentar obras mais ousadas.
Financiamento e visão de longo prazo
Ela também aponta a necessidade de maior subsídio público ao setor, argumentando que os recursos da Arts Council England estão estáveis desde 2012 em termos reais, o que representa queda real. A executiva enfatiza que o investimento público pode ampliar o valor social das artes.
Segundo Dawson, o teatro não deve se tornar apenas uma vitrine de celebridades, mas incorporar produções de qualidade com potencial de atrair e reter público. A direção pretende equilibrar reputação, conteúdo e acessibilidade para a comunidade local e regional.
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