27 de fev 2025
Frescos revelam rituais enigmáticos do culto a Dionísio em Pompeia
Nova frieze monumental em Pompeii retrata rituais dionisíacos em detalhes vívidos. Descoberta ocorreu na Casa de Thiasus, associada a Dionísio e seus cultos. Frieze data do século I a.C., revelando práticas secretas de iniciação. Atração turística cresce, com mais de quatro milhões de visitantes em 2024. Importância histórica da frieze destaca aspectos desconhecidos da vida mediterrânea.
Foto:Reprodução
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Uma grande frieze bacanal foi descoberta em um salão de banquetes na antiga cidade romana de Pompeia, conforme anunciado pelo parque arqueológico. As pinturas retratam uma procissão de bacantes, seguidoras do deus do vinho, como caçadoras e dançarinas, além de sátiros tocando flautas e uma mulher com uma tocha, acompanhada por Sileno, mentor de Dionísio. A obra, que data entre 40 e 30 a.C., é inspirada na peça grega "As Bacantes", de Eurípides, que narra a vingança de Dionísio em Tebas. Gabriel Zuchtriegel, diretor do parque, destacou que as imagens têm um "profundamente religioso significado" e foram criadas para decorar áreas de banquetes.
A frieze está localizada na Casa do Tiaso, na Regio IX, associada a Dionísio e seus seguidores. Para se tornarem parte do culto, os iniciados participavam de rituais secretos. Esta não é a primeira frieze de grande porte encontrada no parque, já que a Villa dos Mistérios, descoberta em 1909, apresenta rituais dionisíacos semelhantes. Desde fevereiro de 2023, escavações na Regio IX revelaram um santuário azul, um salão de banquetes e uma lavanderia.
Outra descoberta recente em Pompeia, uma megalografia, ou pintura com figuras em tamanho real, foi encontrada em um salão de banquetes que se abria para um jardim. Datada do século I a.C., a frieze retrata a procissão de Dionísio, com sacerdotes e bacantes como dançarinas, além de caçadores com animais abatidos. Zuchtriegel comparou a intenção das pinturas a obras de arte contemporâneas que criam atmosfera em restaurantes. Ele explicou que as bacantes representam o lado selvagem e indomável das mulheres, contrastando com a figura da mulher idealizada.
A sala, agora chamada de Casa de Thiasus, será aberta ao público, com capacidade para 15 visitantes por vez. O ministro da cultura da Itália, Alessandro Giuli, afirmou que a megalografia é um documento histórico excepcional, oferecendo uma visão única sobre os rituais dionisíacos. Em 2024, mais de quatro milhões de pessoas visitaram o local, e em 2025, o parque limitará a entrada a 20 mil visitantes por dia. As escavações na Regio IX também revelaram um spa luxuoso, frescos exóticos e uma padaria, contribuindo para o entendimento da vida na Pompeia antiga.
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