13 de mar 2025
Defensores de obras que ficaram de fora da lista das ‘Melhores Artes do Século XXI’
A ARTnews e a Art in America publicaram lista das 100 melhores obras do século XXI. Algumas obras significativas foram excluídas, gerando debates entre editores. Obras como "Levitated Mass" e "The Gates" foram defendidas por seus significados. "ARISING" de Yoko Ono destaca questões feministas e experiências de mulheres. A discussão reflete a importância da arte na compreensão de contextos sociais contemporâneos.
Foto:Reprodução
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A lista dos melhores trabalhos artísticos do século XXI, elaborada por editores da ARTnews e Art in America, inclui cem obras e 15 mil palavras, mas muitos outros trabalhos significativos foram deixados de fora. Alguns não foram incluídos devido a divergências sobre seus méritos, enquanto outros foram lembrados apenas após a finalização da lista. Para reconhecer essas obras, cada editor defendeu uma peça que não entrou na seleção final, apresentando uma visão pessoal e apaixonada sobre elas.
Um exemplo é Levitated Mass, uma escultura monumental de Michael Heizer, que se destaca pela complexidade de sua instalação. O documentário de 2013, Levitated Mass: The Story of Michael Heizer’s Monolithic Sculpture, detalha o processo de transporte de uma rocha de 340 toneladas até o Museu de Arte do Condado de Los Angeles, enfrentando inúmeros obstáculos burocráticos. A obra provoca uma reflexão sobre a grandiosidade e o esforço envolvidos em sua realização, além de oferecer uma experiência estética única.
Outra obra defendida é a de Seth Price, que combina esculturas em poliestireno com uma crítica ao papel da arte na era digital. Seu texto “Dispersion” explora a circulação de informações sociais em plataformas digitais, refletindo sobre a dispersão como um tema central em sua produção. A obra de Price é um convite à reflexão sobre a arte contemporânea e suas múltiplas formas de expressão.
The Gates, de Christo e Jeanne-Claude, também foi reavaliada. Originalmente criticada como uma "piada visual", a instalação de 7.500 estruturas em Central Park agora é vista como uma experiência estética que une arte e natureza, promovendo um momento de reflexão coletiva. A obra, que surgiu em um período de transição, trouxe um novo significado à interação entre o espaço urbano e a arte.
Por fim, ARISING, de Yoko Ono, é uma instalação que convida mulheres a compartilhar experiências de violência. Apresentada na Bienal de Veneza de 2013, a obra destaca a necessidade de discutir questões de gênero, muito antes do movimento #MeToo. A profundidade das histórias compartilhadas provoca uma reflexão sobre a universalidade da dor e a urgência de dar voz a essas experiências.
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