Gashi revela desafios na carreira e fala sobre novo álbum e a indústria musical

GASHI, artista albanês radicado em Nova York, lançou seu novo álbum, The Killah Whales of Gotham, em 27 de junho. Em entrevista, ele expressou seu nervosismo e vulnerabilidade ao retornar ao rap, gênero que o lançou ao sucesso. O álbum, produzido sob sua própria gravadora, Orca Sound Records, reflete suas lutas na indústria musical, incluindo experiências negativas com gravadoras e desafios pessoais.

O artista de 34 anos revelou que sua trajetória foi marcada por dificuldades, como relações românticas problemáticas e a pandemia. Ele enfatizou a importância de manter sua autenticidade no hip-hop, criticando artistas que se afastam do gênero após alcançarem sucesso. GASHI afirmou que, ao voltar ao rap, busca honrar suas raízes e a cultura que o moldou.

Lutas na Indústria Musical

GASHI se posicionou como um "whistleblower" da indústria, denunciando a falta de apoio a artistas emergentes e a exploração que muitos enfrentam. Ele destacou que a pressão de ser um artista independente é intensa, mas também libertadora. "Eu não posso desistir das quatro crianças que alimento todos os dias", disse, referindo-se à sua motivação para continuar lutando.

O artista também abordou a necessidade de um retorno à essência do hip-hop, afirmando que muitos novos talentos não conhecem a história do gênero. Ele criticou a superficialidade de algumas figuras da música contemporânea, como Post Malone, que, segundo ele, se apropriam da cultura sem respeitar suas origens.

Autenticidade e Colaborações

GASHI compartilhou que, em seu novo projeto, trabalhou com artistas menos conhecidos, como um produtor de Staten Island que é gari. Essa escolha reflete seu desejo de dar oportunidades a talentos que, de outra forma, não teriam visibilidade. Ele acredita que a música deve ser uma plataforma para contar histórias reais e autênticas.

O artista também expressou sua frustração com a velocidade da indústria musical atual, onde a pressão por resultados imediatos pode prejudicar a qualidade e a profundidade da arte. GASHI concluiu que, apesar dos desafios, seu objetivo é salvar o rap e lembrar as pessoas do que realmente importa na música.