Adrien Brody fala sobre o antisemitismo e a importância de aprender com o passado

Adrien Brody, atormentado e apaixonado pela atuação, apresenta seu novo papel como László Tóth em The Brutalist, que estreia na Espanha na próxima sexta-feira. O filme, dirigido por Brady Corbet, retrata a vida de um arquiteto húngaro sobrevivente de um campo de concentração, e pode render ao ator seu segundo Oscar. Brody, que conquistou a estatueta aos 29 anos por O Pianista, destaca sua seletividade em projetos, afirmando que precisa sentir um compromisso significativo com o trabalho.

O ator revela que, embora tenha sido a segunda escolha para o papel, a conexão pessoal com Tóth, que poderia ser um parente, o motivou a aceitar o desafio. Brody possui raízes na tradição judaica centroeuropeia e menciona a resiliência de seus avós, que enfrentaram a opressão. Ele também relaciona a narrativa do filme com a atualidade, abordando a luta de pessoas forçadas a deixar suas casas e a dor de renunciar a suas culturas.

The Brutalist é uma obra extensa, com quase quatro horas de duração, e apresenta uma narrativa que oscila entre o épico e a violência do Novo Hollywood. Brody enfatiza sua contribuição ao projeto, destacando a complexidade da história e a abordagem do diretor. O filme foi rodado em 34 dias com um orçamento de 9,3 milhões de euros, utilizando tecnologia de filmagem avançada.

Além de seu trabalho em The Brutalist, Brody reflete sobre sua experiência em Tempo de Vitória, onde interpretou Pat Riley, e expressa seu desejo de ter mais controle criativo em projetos futuros. Ele menciona sua evolução como artista e a importância de abordar questões sociais, como a pobreza infantil. Ao final da entrevista, Brody é questionado sobre sua experiência em Manolete, um projeto que enfrentou críticas severas, mas se despede com a humildade de um ator que continua em busca de novos desafios.