Astro de ‘Succession’ busca raízes familiares em ‘A Verdadeira Dor’ no limbo da vida

A locação utilizada nas primeiras e últimas cenas de “A Verdadeira Dor” reflete o estado emocional de Benji Kaplan, protagonista da trama. Jesse Eisenberg, que é roteirista, produtor, diretor e ator do filme, explica que o aeroporto simboliza um limbo existencial. “Eu o coloquei no aeroporto tanto no começo quanto no fim da trama porque o cara existe em uma espécie de limbo. Entre chegadas e partidas, você não está nem no destino desejado nem na sua casa,” afirma Eisenberg.

Essa escolha de cenário destaca a instabilidade na vida de Benji, que se sente preso em um purgatório emocional. O filme, que foi indicado a dois prêmios na 97ª edição do Oscar, explora a luta do personagem para encontrar um sentido e um lar. A narrativa, portanto, se desenrola em torno dessa busca por estabilidade, refletindo a condição de muitos que se sentem deslocados em suas próprias vidas.

A dualidade entre chegadas e partidas no aeroporto serve como uma metáfora poderosa para a jornada de Benji, que não consegue se estabelecer em um lugar ou situação. Essa representação visual do limbo é central para a compreensão do conflito interno do personagem. A obra, ao abordar temas de identidade e pertencimento, ressoa com o público, tornando-se uma reflexão sobre a condição humana contemporânea.

Com essa abordagem, “A Verdadeira Dor” se destaca não apenas por sua narrativa, mas também pela profundidade emocional que Eisenberg conseguiu transmitir através de suas escolhas criativas. A conexão entre o cenário e o estado de espírito do protagonista é um dos pontos que tornam o filme relevante e impactante.