05 de fev 2025
A garota da agulha revela horrores do passado em uma narrativa impactante e reflexiva
"A garota da agulha" retrata a história real de Dagmar Overbye, serial killer. O filme, dirigido por Magnus von Horn, estreou em Cannes e concorre ao Oscar. A narrativa aborda temas como discriminação social e traumas da Grande Guerra. A fotografia em preto e branco e trilha eletrônica modernizam a obra. Disponível na plataforma Mubi desde 24 de janeiro, aguarda lançamento nos cinemas.
Um dos principais méritos de A garota da agulha é equilibrar atrocidades do passado que se mantêm atuais com uma encenação cinematográfica primorosa (Foto: Divulgação)
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A trama de A garota da agulha, dirigida por Magnus von Horn, se desenrola em Copenhague, em 1919, e aborda temas sombrios como o assassinato de recém-nascidos e a pobreza extrema. A protagonista, Dagmar Overbye, interpretada por Trine Dyrholm, utiliza sua delicadeza como fachada para encobrir suas atividades clandestinas de adoção, que na verdade resultam em mortes. O filme, que combina horror e beleza, revela a realidade brutal da época, incluindo discriminação social e os efeitos da Grande Guerra.
Em entrevista à Deadline, von Horn descreveu o filme como uma forma de ficção científica, utilizando a viagem no tempo para refletir sobre questões contemporâneas. Ele expressou seu medo pessoal de perder seus filhos, o que influenciou sua abordagem criativa. A narrativa não se limita a contar a história de Overbye, mas também foca na jovem Karoline, que testemunha os horrores do mundo, revelando uma perspectiva mais ampla sobre a sociedade.
A estética do filme é marcada por uma fotografia em preto e branco e uma trilha sonora moderna, que inclui música eletrônica, criando uma conexão com o presente. O diretor buscou referências visuais de filmes clássicos, como a famosa cena dos irmãos Lumière, para proporcionar uma experiência imersiva ao público. A garota da agulha estreou no Festival de Cannes em 2024 e está concorrendo ao Oscar de Melhor Longa-Metragem Internacional, com lançamento previsto na plataforma Mubi.
Outro filme que explora a dualidade entre horror e beleza é Trilha sonora para um golpe de Estado, dirigido por Johan Grimonprez. O documentário, que estreou em 30 de janeiro no Brasil, retrata a luta pela independência do Congo e os eventos trágicos envolvendo Patrice Lumumba. Com imagens de arquivo e uma trilha sonora de jazz, o filme foi premiado no Festival de Sundance e também concorre ao Oscar de Melhor Documentário.
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