Novo 'Capitão América' gera polêmica por inclusão de personagem ligada ao Mossad

O filme Capitão América: Admirável Mundo Novo estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta-feira, 13 de junho de 2024, e nos Estados Unidos no dia seguinte. No entanto, o longa já enfrenta polêmica antes mesmo de seu lançamento. Durante a pré-estreia em Los Angeles, manifestantes pró-Palestina protestaram contra a produção, exibindo cartazes com frases como “A Disney apoia genocídio” e “boicote Capitão América”. O foco da controvérsia é a inclusão da personagem Sabra, uma super-heroína criada em 1980, que é apresentada como agente do Mossad, o serviço de inteligência de Israel.

Os críticos veem a presença de Sabra como uma forma de propaganda, especialmente em um contexto de tensões entre Israel e Palestina. A Marvel, por sua vez, defendeu a adaptação, afirmando que “todos os personagens e histórias são reimaginados para a tela e para o público contemporâneo”. A escolha da atriz israelense Shira Haas, que serviu militarmente em Israel, também gerou descontentamento entre os manifestantes, que consideram essa decisão problemática.

Para mitigar a controvérsia, o produtor Nate Moore revelou que, embora Sabra permaneça israelense, ela não atuará mais como agente do Mossad no Universo Cinematográfico Marvel. Sua origem foi alterada para se alinhar ao programa “Viúva Negra”, e agora ela trabalha para o governo dos Estados Unidos. No filme, Sabra se envolve em uma trama que desafia a lealdade do novo Capitão América, interpretado por Anthony Mackie, enquanto ele tenta desvendar uma conspiração global que o coloca em conflito com o presidente Thaddeus Ross, interpretado por Harrison Ford.