Bafta 2025: 'Emilia Pérez' e 'Conclave' se destacam na corrida pelo Oscar

A vitória de "Emilia Pérez" no BAFTA, realizada no último domingo (16), sobre "Ainda estou aqui" na categoria de melhor filme em língua não inglesa, intensifica a disputa para o Oscar. O BAFTA, conhecido como o "Oscar britânico", é menos influenciado por polêmicas externas, como as críticas à representação do México no filme e as postagens ofensivas da atriz Karla Sofía Gascón, que não compareceu à cerimônia em Londres. O longa brasileiro ainda não estreou no Reino Unido, mas esperava-se que mantivesse o bom desempenho em outras premiações.

Além de "Emilia Pérez", o BAFTA contou com a concorrência de "Tudo que imaginamos como luz", "A semente do fruto sagrado" e "Kneecap". "Ainda estou aqui" foi representado por Fernanda Torres e Walter Salles, que posaram ao lado da atriz e modelo Pamela Anderson no tapete vermelho. Na categoria de melhor atriz, Demi Moore era a favorita por "A substância", mas a vitória de Mikey Madison por "Anora" sugere uma competição acirrada, incluindo Fernanda Torres e Karla Sofía Gascón.

"Anora" também se destacou em outra premiação, o WGA (Writers Guild Award), onde ganhou o prêmio de roteiro original. O WGA considera apenas roteiros de membros do sindicato, excluindo filmes como "Ainda estou aqui", que já foi premiado no Festival de Veneza. "Conclave" e "O brutalista" foram os grandes vencedores do BAFTA, cada um levando quatro prêmios, incluindo melhor filme e direção, e ambos estão na disputa pelo Oscar de melhor filme.

Outros destaques do BAFTA incluem "A verdadeira dor", que ganhou prêmios de roteiro original e ator coadjuvante, e "Wicked", que venceu nas categorias de figurino e design de produção. "Wallace & Gromit: Avengança" surpreendeu ao conquistar os prêmios de animação e filme infantil, mostrando a diversidade e a qualidade das produções concorrentes.