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Mania de Você repete fracasso de mocinhas negras nas novelas da 9 da Globo

"Mania de Você" repete fracasso de protagonistas negras nas novelas das 9 da Globo. Viola (Gabz) perde simpatia após traições, resultando em baixa audiência. A morte de Rudá, seu par romântico, pode ser uma tentativa de reverter a situação. Comparações com outras novelas mostram padrão de personagens negras mal construídas. Sucesso de mocinhas negras em faixas das 6 e 7 destaca falhas nas tramas das 9.

Rudá (Nicolas Prattes) e Viola (Gabz) em 'Mania de Você', novela das 9 da Globo (Foto: Reprodução)

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A novela "Mania de Você", escrita por João Emanuel Carneiro, enfrenta uma crítica severa ao se juntar à lista de produções da Globo que falharam em desenvolver protagonistas negras de forma eficaz. A personagem Viola, interpretada por Gabz, rapidamente perdeu a simpatia do público após trair seu noivo, Mavi, ao se envolver com Rudá, namorado de sua melhor amiga, Luma. Essa traição, somada a uma série de decisões questionáveis da personagem, resultou em uma queda na empatia do público, que preferiu torcer pelo romance entre Mavi e Luma.

Apesar das tentativas de retratar Viola como uma vítima das circunstâncias, como as armações de seu ex-noivo e da ex-amiga, a recepção foi negativa. A traição constante e a falta de um olhar inocente contribuíram para que a protagonista se tornasse alvo de críticas, culminando em momentos de humilhação pública e até uma cena em que o público chegou a desejar sua morte. A morte de Rudá, seu par romântico, foi vista como uma tentativa tardia de reverter a situação, mas não parece suficiente para melhorar os índices de audiência, que marcam apenas 21 pontos de média na Grande São Paulo.

A situação de Viola não é isolada. Em outras novelas das 9, como "Terra e Paixão" e "Travessia", as protagonistas negras também foram ofuscadas por tramas secundárias e personagens brancos. Aline, de "Terra e Paixão", e Brisa, de "Travessia", enfrentaram desafios semelhantes, onde suas histórias foram eclipsadas por enredos de personagens secundários. Em contraste, as mocinhas negras de novelas em horários diferentes, como "Vai na Fé" e "Volta por Cima", têm se destacado, com enredos que promovem empatia e torcida do público.

A análise revela que o sucesso das protagonistas negras em horários alternativos se deve a enredos bem construídos, que retratam mulheres fortes e humildes, enfrentando adversidades e conquistando o público. Essa diferença de recepção entre as faixas horárias levanta questões sobre a construção de personagens e a narrativa nas novelas da Globo, especialmente em relação à representação de protagonistas negras.

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