Liam Neeson surpreende em Último Alvo, um dramalhão sobre legado e vulnerabilidade

Liam Neeson tem falado sobre a possibilidade de se aposentar dos filmes de ação, refletindo sobre a mudança em sua carreira após o sucesso de Busca Implacável (2008). Embora tenha se beneficiado financeiramente desse gênero, o ator irlandês ainda se vê como um “intérprete sério”, como demonstram seus trabalhos em filmes como A Balada de Buster Scruggs e Silêncio. Em seu novo filme, Último Alvo, Neeson interpreta um capanga de um chefe do crime, lidando com questões pessoais e uma doença degenerativa.

O roteiro de Tony Gayton apresenta uma abordagem diferente do típico filme de ação, focando nas complicações da trama criminosa e na vida pessoal do protagonista. Neeson busca se reconectar com a filha e vive um romance com uma mulher que conhece em um bar. O diretor Hans Petter Moland utiliza a ambientação de Boston para refletir o estado emocional do personagem, criando uma atmosfera que complementa a narrativa.

Último Alvo se destaca como um estudo de personagem, explorando a masculinidade e a vulnerabilidade do protagonista. A trilha sonora, com violão de Kaspar Kaae, adiciona um tom evocativo ao filme. Neeson se entrega às emoções exigidas pelo papel, mostrando fragilidade e autenticidade, o que contrasta com sua imagem de astro de ação.

O filme é descrito como um dramalhão masculino que aborda legado e transformação geracional, analisando a possibilidade de segundas chances com um olhar cínico. Último Alvo é uma boa surpresa que sugere que, se Neeson está se afastando da ação, ele pode estar encerrando sua carreira nesse gênero de forma impactante e significativa.