Demi Moore brilha na corrida pelo Oscar com 'A substância' e reflete sobre sua carreira

Demi Moore é apontada como uma forte concorrente ao Oscar 2025, especialmente após sua atuação no filme de body horror "A substância". Com 62 anos, a atriz foi reconhecida pela crítica, conquistando prêmios como o Globo de Ouro de melhor atriz de comédia ou musical. No longa dirigido por Coralie Fargeat, ela interpreta Elisabeth, uma apresentadora que enfrenta uma crise de autoestima ao ser substituída por uma mulher mais jovem, levando-a a buscar uma droga que promete restaurar sua juventude. Moore comentou sobre a nova fase de reconhecimento em sua carreira, afirmando: "Esta é a primeira vez que ganho alguma coisa como atriz."

A trajetória de Moore no cinema começou em 1981, mas foi em 1984, com "Feitiço do Rio", que sua carreira deslanchou. O sucesso se consolidou em 1990 com "Ghost", que arrecadou US$ 505 milhões e a colocou em evidência. Nos anos seguintes, ela se tornou a atriz mais bem paga de Hollywood, estrelando filmes como "Proposta indecente" e "Assédio sexual". Contudo, sua carreira enfrentou críticas negativas, especialmente após "Striptease", que, apesar de ter arrecadado US$ 113 milhões, a levou a receber prêmios de pior atriz.

Após um período afastada para cuidar das filhas, Moore retornou em 2003 com "As Panteras: Detonando" e, em 2006, participou de "Bobby". Desde 2010, sua atuação se voltou para produções menos comerciais, como "Margin Call" e as séries "Empire" e "Feud: Capote vs. The Swans". "A substância" se destaca como seu projeto mais premiado, com indicações ao Bafta e ao SAG, além de prêmios como o Critics Choice Awards e o London Critics Circle Film Awards, refletindo uma nova fase de reconhecimento na carreira da atriz.

O filme "A substância" é uma crítica ao machismo e ao ageísmo na indústria cinematográfica, onde Moore retrata uma estrela de Hollywood lutando para manter sua relevância. Sua performance se tornou uma das mais comentadas da temporada, destacando-se como uma das poucas produções de horror a receber atenção significativa da Academia. A trajetória de Moore, marcada por altos e baixos, reflete não apenas sua resiliência, mas também as mudanças nas percepções sobre mulheres mais velhas em Hollywood.