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México responde ao fracasso de ‘Emilia Pérez’ com paródia satírica de sucesso

"Emilia Pérez" arrecadou apenas 17 milhões de pesos após um mês em cartaz. O filme gerou polêmica por sua representação da cultura mexicana e transição de gênero. A resposta satírica "Johanne Sacreblu" acumulou mais de três milhões de visualizações. A recepção negativa se intensificou após comentários polêmicos do diretor Jacques Audiard. A produção "Johanne Sacreblu" busca financiar um longa metragem com temática social.

Foto: Reprodução

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A produção cinematográfica Emilia Pérez, que recebeu o maior número de indicações ao Oscar em 2024, tem gerado polêmica no México. A obra, definida como uma “ópera-musical”, narra a história de um narcotraficante que busca se tornar mulher. Desde sua estreia no Festival de Cinema de Morelia, a recepção foi controversa, com muitos críticos afirmando que o filme “exotiza” o México e perpetua uma visão eurocêntrica. A estreia nas salas mexicanas ocorreu em 23 de janeiro, após exibições em 34 países, mas a resposta do público foi negativa.

A arrecadação inicial foi de 9,4 milhões de pesos (aproximadamente 450 mil dólares), com a presença de 110 mil espectadores. No entanto, a queda na bilheteira foi acentuada, com uma redução de mais de 60% na segunda semana, um fenômeno raro para produções artísticas. Após um mês, a arrecadação totalizou 17 milhões de pesos (mais de 800 mil dólares), o que é considerado um fracasso, já que não conseguiu dobrar a receita do primeiro fim de semana.

A situação foi agravada por declarações do diretor Jacques Audiard, que foram mal recebidas pelo público, e pela ausência em um evento com estudantes. A protagonista mexicana, Adriana Paz, foi a única a comparecer, o que gerou críticas à falta de respeito. Além disso, comentários anteriores de Audiard sobre o espanhol como um “idioma de países pobres” contribuíram para a rejeição. O analista Edgar Apanco destacou que o filme não conseguiu criar um efeito positivo de boca a boca, resultando em uma percepção negativa.

Em resposta à controvérsia, a cineasta Camila Aurora lançou um curta-metragem paródico intitulado Johanne Sacreblu, que critica a superficialidade da representação do México em Emilia Pérez. O curta, que aborda estereótipos franceses, foi bem recebido, acumulando mais de três milhões de visualizações em poucos dias. Camila e a codiretora Gladys L. Grantt enfatizam que a produção não é uma questão de orgulho nacional, mas de união contra representações externas que desrespeitam a cultura mexicana. A arrecadação do curta será destinada à Brigada Nacional de Búsqueda Maria Herrera, reforçando o compromisso social da equipe.

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