'Vinagre de maçã' revela a fraude de Belle Gibson em série impactante da Netflix

A série “Vinagre de maçã”, lançada pela Netflix, explora um caso real de fraude na Austrália, centrando-se na influenciadora digital Belle Gibson. Em 2009, aos 28 anos, ela ganhou notoriedade no Instagram ao afirmar ter um tumor cerebral e que os médicos previam sua morte iminente. Com uma narrativa persuasiva, Belle conquistou seguidores ao compartilhar sua jornada de tratamentos e, posteriormente, alegou ter se curado por meio de uma dieta natural, rejeitando a quimioterapia.

A fraude se tornou lucrativa, levando Belle a publicar um best-seller com a Editora Penguin e a criar um aplicativo popular, atraindo até a atenção da Apple. Sua vida de luxo, com uma casa de praia e uma BMW, foi construída sobre mentiras até que, em 2015, foi desmascarada por repórteres de Melbourne, Beau Donelly e Nick Toscano, que revelaram que ela nunca teve câncer e que os médicos mencionados não existiam.

A série, baseada no livro “The woman who fooled the world”, destaca a atuação de Kaitlyn Dever como Belle, que retrata a complexidade da personagem, uma enganadora que exibe um sorriso angelical enquanto manipula os outros. A narrativa inclui personagens ficcionais, como Lucy, que se inspira em Belle, e Milla Blake, inspirada na jornalista Jessica Ainscough, que também buscou tratamentos alternativos para seu câncer.

Além disso, a série aborda o papel das redes sociais na disseminação do charlatanismo, destacando como plataformas digitais podem impulsionar fraudes. Apesar dos processos judiciais enfrentados, Belle Gibson permanece fora da prisão, levantando questões sobre responsabilidade e ética nas redes sociais.