Cinema brasileiro brilha no Oscar com 'Ainda estou aqui' e promete novas oportunidades internacionais

O cinema brasileiro viveu um momento histórico na noite de domingo, quando o filme “Ainda estou aqui” conquistou o Oscar de melhor filme internacional na cerimônia de 2025. A vitória foi celebrada como a “cereja no bolo” de uma trajetória já repleta de prêmios, incluindo o Globo de Ouro de melhor atriz para Fernanda Torres e o troféu de melhor roteiro no Festival de Veneza. Com 5,3 milhões de espectadores no Brasil, o filme gerou uma conexão especial com o público, que se manifestou nas ruas em clima de festa, semelhante a uma final de Copa do Mundo.

O diretor Carlos Saldanha destacou que a conquista representa um reconhecimento do cinema brasileiro, não apenas entre profissionais, mas também pelo público. O produtor Cavi Borges enfatizou que “Ainda estou aqui” foi o “filme certo na hora certa”, tornando-se um ícone de luta e resistência. A vitória foi celebrada por figuras políticas de diferentes espectros, incluindo o presidente Lula, que expressou orgulho pelo cinema nacional e pela democracia.

A audiência da cerimônia de 2025 foi a maior em 20 anos, com 14 pontos em São Paulo, segundo a TV Globo. Joelma Gonzaga, secretária nacional do Audiovisual, afirmou que o reconhecimento mundial evidencia a qualidade das narrativas brasileiras e a capacidade de impactar plateias globalmente. A produtora Renata Almeida Magalhães ressaltou que a coroação com o Oscar é uma injeção de autoestima para o cinema nacional, esperando que isso leve a uma maior valorização dos artistas brasileiros.

O ator Rodrigo Santoro, que participou de “Ainda estou aqui”, expressou sua emoção com a vitória e acredita que o sucesso internacional abrirá portas para a equipe do filme fora do Brasil. Ele destacou a união do país em torno do cinema e a importância do reconhecimento, que pode aumentar o interesse global pelo Brasil e suas produções artísticas.