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Arte não é catequese: a crítica ao viés ideológico em 'Ainda estou aqui'

O filme "Ainda estou aqui" foi premiado internacionalmente, incluindo o Oscar. Críticas recentes focam no viés ideológico, não na qualidade cinematográfica. A narrativa aborda a luta pela verdade e o simbolismo da recuperação institucional. A discussão destaca a relação entre arte e mensagem política na atualidade. A qualidade estética do filme é subestimada em prol de uma agenda ideológica.

Selton Mello e Fernanda Torres em cena de 'Ainda estou aqui' (Foto: Divulgação / Alile Dara Onawale)

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O filme "Ainda estou aqui" conquistou diversos prêmios internacionais, incluindo o Oscar, não apenas por sua narrativa de resiliência e superação, mas pela profundidade de sua história. A trama gira em torno de uma mulher que busca a verdade sobre o desaparecimento do marido, simbolizando a luta por justiça em um contexto de recuperação institucional no Brasil. A obra foi reconhecida pela sua qualidade cinematográfica, destacando-se pela fotografia, roteiro e direção.

Entretanto, a recepção crítica do filme gerou polêmica, com muitos comentários focados em aspectos ideológicos em vez de sua qualidade estética. Críticos apontaram que a obra ignora questões raciais e glorifica a burguesia, enquanto outros a acusaram de não abordar adequadamente a violência da guerrilha. Essa crítica sugere uma tendência a priorizar a mensagem sobre a arte, o que pode levar a um empobrecimento da produção cultural.

A atriz Fernanda Torres, que interpreta a protagonista, foi elogiada por seu talento, independentemente da moralidade de sua personagem. A discussão se estende a outros filmes, como "Emilia Pérez", que, apesar de sua extravagância e mistura de temas, deve ser avaliado por sua execução artística e não por suas mensagens sociais. A crítica também menciona obras clássicas como "O último tango em Paris" e "Apocalypse Now", que, apesar de controvérsias éticas, são reconhecidas por sua maestria cinematográfica.

A reflexão final sugere que a arte não deve ser reduzida a uma simples luta entre o bem e o mal, mas sim apreciada por sua capacidade de evocar emoções e retratar realidades complexas. A mensagem é clara: as melhores intenções não garantem a qualidade artística, e a busca por virtudes pode obscurecer o verdadeiro valor da criação cinematográfica.

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