14 de mar 2025
Fernanda Montenegro brilha como Joana Zeferina em ‘Vitória’, filme sobre coragem e resistência
O filme "Vitória" retrata Joana Zeferina da Paz, que combateu o tráfico no Rio. A verdadeira identidade de Joana foi revelada apenas após sua morte em 2023. A produção enfrentou desafios, incluindo a morte do diretor Breno Silveira. Fernanda Montenegro, aos 95 anos, interpreta Joana, gerando controvérsias raciais. A atriz pode não atuar mais em filmes, mas seguirá em outras formas de arte.
Dona Nina (Fernanda Montenegro) no filme 'Vitória' (Foto: Globo Filmes/Sony/Divulgação)
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O filme Vitória, atualmente em cartaz, retrata a vida de Joana Zeferina da Paz, uma idosa que enfrentou o tráfico de drogas e a corrupção policial no Rio de Janeiro nos anos 2000. A personagem, interpretada por Fernanda Montenegro, gerou polêmica devido à diferença racial entre a atriz e a figura real, que era negra. A escolha de Montenegro, no entanto, foi apoiada por Joana antes de sua morte em 2023, quando sua identidade foi revelada.
A narrativa do filme é baseada em eventos reais, onde Joana, moradora de Copacabana, usou uma câmera para documentar atividades criminosas em sua vizinhança. Com 33 horas de gravações, ela ajudou a prender mais de trinta pessoas, incluindo traficantes e policiais corruptos. O projeto enfrentou desafios, como a morte do diretor Breno Silveira e a pandemia, mas foi retomado sob a direção de Andrucha Waddington.
Montenegro, aos 95 anos, traz à vida a história de uma mulher que se tornou uma heroína ao lutar contra a criminalidade. A atriz tem se destacado por sua disposição em representar a velhice de forma autêntica, mostrando tanto a fragilidade quanto a coragem. O filme também destaca a importância da voz de Joana, que, mesmo com medo, não hesitou em expor a realidade do tráfico.
A repercussão da história de Joana da Paz foi significativa, resultando em prêmios para o jornalista Fábio Gusmão, que publicou a reportagem que revelou sua luta. O filme Vitória não apenas homenageia a coragem de Joana, mas também levanta questões sobre a representação e a luta contra a violência urbana no Brasil.
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