Branca de Neve estreia nos cinemas com polêmicas e uma nova abordagem da história clássica

A mais recente adaptação da Disney, "Branca de Neve", estreia nos cinemas brasileiros em 20 de outubro de 2023. A nova versão do clássico dos irmãos Grimm, que já foi transformado em animação em 1937, traz uma protagonista mais independente, removendo elementos que a tornavam passiva. A trama segue a princesa Branca de Neve, interpretada por Rachel Zegler, que enfrenta a vaidosa Rainha Má, vivida por Gal Gadot, em um reino onde a beleza é um tema central.

O filme apresenta uma produção luxuosa, com figurinos elaborados e números musicais que buscam recriar a magia do original. No entanto, a direção de Marc Webb não consegue transmitir a mesma intensidade nas cenas de ação, especialmente no clímax, que acaba sendo genérico. A adaptação também se destaca por dispensar o tradicional Príncipe Encantado, introduzindo Jonathan, um personagem que serve como contraponto à protagonista, embora sua presença não tenha o mesmo impacto.

O roteiro, assinado por Erin Cressida Wilson, tenta justificar algumas mudanças na história, como a nova origem do nome Branca de Neve e a razão pela qual ela é considerada a mais bela. Embora algumas soluções não sejam totalmente satisfatórias, elas não devem ofender os fãs mais jovens. Contudo, a escolha de criar os Sete Anões por meio de computação gráfica, em vez de escalar atores de verdade, gerou controvérsias e pode prejudicar a imersão do público na narrativa.

As performances de Zegler e Gadot também geram reações distintas. Enquanto Zegler se destaca com uma interpretação carismática e uma voz poderosa, Gadot falha em transmitir a força necessária para sua vilã, resultando em uma atuação sem emoção. Apesar de "Branca de Neve" não ser a melhor adaptação da Disney, ela oferece um entretenimento leve, especialmente para aqueles que não têm expectativas elevadas em relação à história original.