Adolescência, fenômeno da Netflix, pode ganhar nova história, afirmam criadores

A minissérie Adolescência, um sucesso global da Netflix, alcançou o topo das visualizações em oitenta países. Embora inicialmente concebida como uma história única, os criadores não descartam a possibilidade de uma continuação, dependendo dos números de audiência. Stephen Graham, que interpreta o pai de Jamie, mencionou que "há a possibilidade de desenvolvermos outra história". No entanto, a produtora Hannah Walters, esposa de Graham, afirmou que um prequel não está nos planos, destacando a complexidade de dar sequência a uma obra com grande impacto.

A série, que já atraiu 66 milhões de espectadores em apenas dez dias, explora a prisão de Jamie Miller, um jovem de treze anos acusado de assassinato. A narrativa investiga a influência de discursos misóginos na internet e suas consequências trágicas, além de retratar a desconexão entre pais e filhos. Os episódios são filmados em um único take, uma técnica que intensifica a experiência do espectador e permite uma exploração mais profunda das relações familiares e sociais.

Os quatro episódios da minissérie são distintos em suas abordagens, utilizando a técnica de plano-sequência de maneiras variadas. O primeiro episódio se passa em uma delegacia, enquanto o segundo retrata a vida escolar de Jamie. O terceiro foca em uma consulta psicológica e o quarto mostra um dia na vida da família. Essa diversidade de contextos, aliada à técnica, potencializa a atuação do elenco, especialmente de Graham, que é elogiado por sua performance.

Adolescência não se baseia em um caso específico, mas reflete experiências reais vividas por Graham na Europa durante sua adolescência. A série já está disponível na Netflix, completando sua proposta com quatro episódios que discutem temas relevantes como crime, internet e relações familiares, sem cair em discursos simplistas.