Ryan Coogler retorna ao cinema autoral com ‘Pecadores’, um drama sobre racismo e música

Ryan Coogler retorna ao cinema autoral com "Peccadores", seu primeiro filme desde "Fruitvale Station", lançado em dois mil e treze. O novo projeto é descrito como vibrante e pessoal, abordando as divisões raciais e de classe nos Estados Unidos. Coogler utiliza o horror como uma alegoria para explorar o pecado humano, refletindo sobre a opressão histórica enfrentada pela população negra.

O filme é um drama histórico que entrelaça o blues com questões sociais, apresentando a música como uma forma de resistência. A narrativa gira em torno de Sammie, um jovem guitarrista e cantor de blues, e seus primos gêmeos, Smoke e Stack, que retornam ao Mississippi após conflitos em Chicago. Eles buscam criar um espaço seguro para a comunidade negra, onde possam se divertir sem preconceitos.

Embora o marketing tenha promovido "Peccadores" como um filme de vampiros, a obra vai além desse rótulo. A mística das criaturas serve como uma metáfora para explorar a luta interna dos personagens e a realidade da América negra. Coogler se inspira na história de sua própria família, conectando os personagens às experiências de seus antepassados e celebrando a busca por liberdade.

Michael B. Jordan se destaca em seu papel duplo como Smoke e Stack, trazendo profundidade aos personagens. O filme também apresenta um elenco notável, incluindo Hailee Steinfeld e Delroy Lindo. Apesar de algumas críticas sobre a desconexão entre os arcos narrativos, Coogler consegue unir os temas centrais, mostrando como a música pode ser um canal para a dor e o prazer que unem a comunidade ao longo dos anos. "Peccadores" é uma obra que promete impactar o público com sua abordagem única e reflexiva.