13 de abr 2025
‘Último Tango em Paris’ e o legado de Maria Schneider: um olhar sobre a dor e a resistência
Filme "Meu nome é Maria" revisita o trauma de Maria Schneider em "Último Tango em Paris", trazendo novas perspectivas sobre consentimento e apoio no set.
Maria Schneider protagonizou o filme 'Último Tango em Paris', drama erótico de mil novecentos e setenta e dois (Foto: Getty Images via BBC Brasil)
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O filme "Meu nome é Maria" retrata a vida da atriz Maria Schneider, abordando seu trauma após "Último Tango em Paris". A produção, que inclui uma recriação da infame cena da manteiga, foi realizada com a supervisão de coordenadores de intimidade, visando respeitar a perspectiva da atriz.
Maria Schneider, que tinha apenas dezenove anos durante as filmagens de "Último Tango em Paris", enfrentou situações de abuso e falta de apoio no set. Em entrevistas, ela revelou que a cena da manteiga não estava no roteiro e que se sentiu humilhada e manipulada por Marlon Brando e Bernardo Bertolucci. Schneider, que morreu em 2011, lutou contra dependência química e problemas de saúde mental após o filme.
A nova produção, dirigida por Jessica Palud, busca contar a história de Schneider sob sua perspectiva. A diretora enfatiza a importância de mostrar a cena do ponto de vista da atriz, destacando que ela foi agredida na presença de toda a equipe, que não interveio. O uso de coordenadores de intimidade, cada vez mais comum após o movimento #MeToo, visa garantir a segurança dos atores em cenas delicadas.
Anamaria Vartolomei, que interpreta Schneider, afirmou que, embora tenha se sentido protegida durante as filmagens, a cena foi emocionalmente intensa. Matt Dillon, que representa Brando, reconheceu que a abordagem da época era problemática e que a experiência de Schneider foi traumática e impactante, refletindo a cultura de exploração que prevalecia nas filmagens daquela época.
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