09 de mai 2025
Filme 'Também isso passará' falha em capturar a profundidade da obra de Milena Busquets
A adaptação de "Também isso passará" falha em transmitir a profundidade emocional do livro, resultando em uma narrativa superficial.
Carlos Cuevas e Marina Salas, em 'Também isto passará'. (Foto: Reprodução)
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A adaptação cinematográfica de "También esto pasará", de Milena Busquets, estreia em 9 de maio de 2025. Dirigida por María Ripoll, a obra busca retratar a relação entre uma filha e sua mãe falecida, mas não consegue capturar a profundidade emocional do livro.
A narrativa da película, que se baseia na obra publicada em 2015, é criticada por sua superficialidade. O livro original é elogiado por seu tom leve que alcança profundidade, além de uma prosa clara e elegante. A estrutura em forma de monólogo, onde a protagonista dialoga com a mãe morta, é um dos pontos altos da obra literária.
Ripoll e seus coautores, Olga Iglesias e Lea Garbini, falham em traduzir essa complexidade para as telas. A adaptação se transforma em uma narrativa episódica, repleta de voz em off, que não aprofunda o processo de aceitação da morte da mãe. A protagonista, uma jovem culta e rica, é retratada de forma que seu individualismo se aproxima do egoísmo, uma crítica que o livro aborda com mais sutileza.
A direção de Ripoll, conhecida por trabalhos anteriores como "Lluvia en los zapatos", não consegue transmitir a essência da relação mãe-filha presente na obra de Busquets. A atriz Marina Salas, que interpreta a protagonista, não consegue refletir a complexidade do personagem, apesar de sua semelhança física com a escritora.
A película, com duração de 94 minutos, apresenta uma estética que, embora elegante, carece de profundidade emocional. Recursos visuais, como minizooms e retrozooms, são considerados desnecessários e não contribuem para o desenvolvimento da narrativa. A adaptação de "También esto pasará" promete ser uma experiência visual, mas deixa a desejar em termos de conteúdo emocional e reflexivo.
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