Lucélia Santos e Edwin Luisi relembram o sucesso da novela 'Escrava Isaura' em videocast

No novo episódio do videocast "Novelão", Lucélia Santos e Edwin Luisi relembram a icônica novela "Escrava Isaura", lançada em 1976. A produção, que se tornou um fenômeno global, foi vendida para mais de 120 países e continua a ser um marco na televisão.

Durante a conversa, Luisi destacou a desconfiança inicial sobre a escolha de Lucélia como protagonista. Ele mencionou que muitos acreditavam que a atriz não se encaixava no perfil tradicional da heroína. "A Lucélia não era considerada a atriz ideal para aquele papel," afirmou. Apesar disso, sua atuação conquistou o público, incluindo figuras como Fidel Castro.

Lucélia, por sua vez, comentou sobre os desafios enfrentados durante as gravações. "Nunca gostei de fofoca," disse, referindo-se a um episódio em que um diretor da Globo fez um comentário desnecessário sobre seu desempenho. "Fiquei magoada, claro," completou.

Impacto Global

A novela teve um impacto significativo em várias partes do mundo. Lucélia recordou suas experiências em Budapeste, onde fãs formavam filas para obter seu autógrafo, e na Itália, onde muros eram pichados pedindo a alforria de Isaura. Durante a Guerra da Bósnia, até mesmo cessar-fogos eram realizados para que as pessoas pudessem assistir aos episódios.

Luisi, que se juntou à trama no Natal, confessou que não conseguiu aproveitar o sucesso na época. "Cresci no teatro com a ideia de que a televisão é 'o ópio do povo'," explicou. Ele se sentiu tímido e inseguro diante da fama repentina.

Reflexões sobre a Televisão Atual

Ambos os atores refletiram sobre as mudanças na televisão. Lucélia observou que a audiência hoje é muito mais fragmentada, com a ascensão das redes sociais e da internet. "A televisão mudou muito," afirmou. Ela expressou incerteza sobre sua adaptação a novas produções, questionando se conseguiria se encaixar nas linguagens contemporâneas.

O episódio do videocast "Novelão" está disponível no site e no YouTube do GLOBO, apresentando uma visão nostálgica e crítica sobre a evolução da televisão e o legado de "Escrava Isaura".