17 de mai 2025

'Animale' explora com profundidade os desafios e dores enfrentados pelas mulheres
Nejma, jovem toureira, enfrenta dilemas de gênero e morte na comunidade de Arles em "Animale", filme que estreia em 2024.
Foto:Reprodução
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O filme Animale, dirigido por Emma Benestan, estreia em 2024 e se passa na região de Arles, no sul da França. A obra explora a cultura das touradas camarguesas, onde toureiros não matam os touros, e traz uma narrativa centrada na jovem Nejma, que sonha em se tornar toureira.
A trama se desenvolve em torno da relação de Nejma com um touro chamado Trovão, um animal que é desprezado por sua aparência. O filme aborda temas feministas e a complexidade da interação entre homens e natureza, especialmente quando mortes misteriosas começam a ocorrer na comunidade local, afetando a dinâmica entre os personagens.
Conflitos e Relações
Nejma, filha de um toureiro falecido, busca seu espaço em um ambiente predominantemente masculino. Durante sua estreia como toureira, um incidente com Trovão leva a uma série de eventos que revelam a ambiguidade da relação entre humanos e animais. O patrão do rancho destaca que os touros "te dão tudo e te tiram tudo", refletindo a dualidade presente na narrativa.
À medida que as mortes se intensificam, a comunidade enfrenta dilemas sobre como lidar com a situação. A tensão entre homens e touros se torna evidente, e Nejma se vê em uma posição única, dividida entre sua identidade como mulher e sua conexão com o animal.
Temas Feministas e Narrativa
Animale não apenas apresenta uma paisagem rara, mas também mergulha em questões de gênero e identidade. A relação de Nejma com Trovão evolui para uma conexão profunda, onde a mulher e o animal se tornam quase indistinguíveis. Essa identidade compartilhada é central para a trama, que explora os temores e desafios enfrentados por mulheres em um mundo tradicional.
O filme se destaca por sua abordagem introspectiva e inteligente, evitando transformar questões sérias em meros espetáculos. A direção de Emma Benestan e a atuação de Oulaya Amamra como Nejma trazem uma nova perspectiva ao cinema francês, refletindo as vozes de descendentes de ex-colônias.
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