17 de mai 2025

'Inventário de Imagens Perdidas' explora o poder das imagens na sociedade atual
Filme de Gustavo Galvão, "Inventário de Imagens Perdidas", reflete sobre a violência e a desorientação em um Brasil distópico.
Foto:Reprodução
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Contexto e Temática do Filme
O Brasil vive um cenário de polarização política e social crescente, especialmente desde 2019. Nesse contexto, o filme "Inventário de Imagens Perdidas", dirigido por Gustavo Galvão, surge como uma reflexão sobre a violência e a desorientação em um futuro distópico. A obra, lançada em 2023, explora a relação entre imagem e narrativa contemporânea.
Enredo e Produção
O filme inicia com uma citação de Sylvia Plath, que estabelece um clima de crise existencial. A narrativa se desenrola em um Brasil distorcido por um golpe fundamentalista da ultradireita. Filmado em uma fazenda no Rio Grande do Sul durante a pandemia, o roteiro foi desenvolvido em colaboração com a equipe e o elenco, refletindo a realidade social do país.
A obra começa com uma imagem borrada de um prédio em chamas, remetendo ao incêndio da Cinemateca Brasileira em 2021. A atmosfera apocalíptica é reforçada por sons de aviões e discursos conservadores, enquanto a vida natural permanece indiferente ao caos humano. A protagonista, Maria (interpretada por Maria Galant), busca abrigo em uma casa de campo, onde encontra seu professor de cinema, Roberto (Roberto Oliveira), já morto.
Reflexões sobre Imagem e Realidade
O filme provoca uma discussão sobre a natureza da imagem cinematográfica. Roberto sonhava em filmar a vida cotidiana, enquanto Maria critica a mercantilização das imagens nas redes sociais. A obra se destaca como um ensaio sobre a imagem como um elemento crucial na construção de narrativas, refletindo sobre o controle que as imagens exercem sobre a mente e a criação.
"Inventário de Imagens Perdidas" se apresenta como uma ficção científica distópica que entrelaça ensaios sobre a materialidade do tempo histórico e do presente imediato. A diversidade de imagens e referências trazidas à cena torna o filme uma contribuição singular ao debate sobre o estado atual da política brasileira.
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