18 de mai 2025
Vilãs da TV despertam fascínio ao encarnar desejos reprimidos do público
Vilãs como Odete Roitman, de "Vale Tudo", revelam desejos reprimidos e atraem o público com sua complexidade moral e ousadia.
Vilãs icônicas de novelas da Globo: Nazaré Tedesco (Renata Sorrah), Carminha (Adriana Esteves), Odete Roitman (Beatriz Segall e Debora Bloch) e Flora (Patricia Pilar) (Foto: TV Globo/Reprodução)
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As vilãs da teledramaturgia brasileira sempre atraíram o público, representando desejos ocultos e transgressões sociais. Na nova versão de "Vale Tudo", a vilã Odete Roitman, interpretada por Débora Bloch, tem conquistado uma legião de fãs, enquanto seus filhos, Heleninha e Afonso, geram aversão entre os telespectadores.
Odete Roitman, uma das maiores antagonistas da TV brasileira, volta a ser destaque na trama. A personagem, que já foi icônica na versão original de mil novecentos e oitenta e oito, continua a fascinar o público com sua personalidade forte e manipuladora. Em contraste, seus filhos, interpretados por Paolla Oliveira e Humberto Carrão, não têm recebido a mesma aceitação.
A psicóloga Denise Milk analisa o fenômeno do fascínio por vilãs. Segundo ela, essas personagens representam o lado sombra que todos possuem, expressando desejos reprimidos. Elas rompem regras sociais com ousadia e inteligência, o que pode simbolizar anseios do público por liberdade e transgressão.
Milk explica que a moral ambígua das vilãs quebra a previsibilidade dos personagens "bons". Essa complexidade atrai o público, que se identifica com os dilemas e conflitos internos que essas figuras encarnam. Além disso, a comédia que muitas vezes surge dessas vilãs, com suas falas icônicas e atitudes exageradas, proporciona um alívio emocional ao público.
O sucesso de Odete Roitman na nova versão de "Vale Tudo" reafirma a popularidade das vilãs na dramaturgia brasileira. O público continua a se sentir atraído por essas personagens que, apesar de suas ações moralmente questionáveis, oferecem uma experiência vicária de poder e liberdade.
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