Histórias reais de artistas e personalidades conquistam o público atual

O interesse por biografias e cinebiografias tem aumentado, refletindo a curiosidade do público sobre a vida de figuras públicas. Recentemente, obras como Em Busca de Mim, de Viola Davis, e Ainda Estou Aqui, de Marcelo Rubens Paiva, se destacaram nas vendas. Cinebiografias, como Meu Nome é Gal, também têm atraído a atenção do público.

Segundo o jornalista Elias Awad, autor de Oscar Schmidt: 14 Motivos Para Viver, Vencer e Ser Feliz, as pessoas buscam biografias para crescimento pessoal ou profissional. A linguagem acessível e histórias que tocam o leitor são fatores que contribuem para o sucesso desse gênero. Julio Maria, especialista em música e autor de Elis Regina: Nada Será Como Antes, afirma que a identificação com os biografados é um dos principais atrativos. Ele destaca que conhecer as derrotas e desafios de figuras públicas pode ser mais inspirador do que suas vitórias.

Cida Saldanha, da Livraria da Vila, confirma que a biografia nunca sai de moda. Títulos como Em Busca de Mim continuam a ser procurados, mesmo após anos de lançamento. O livro de Viola Davis, por exemplo, é o quarto mais vendido na lista de Biografias e Casos Reais da Amazon. Além disso, a venda de livros relacionados a filmes biográficos, como Ainda Estou Aqui, também aumenta significativamente.

Cinebiografias em Alta

As cinebiografias têm dominado as salas de cinema, com produções como Maria Callas, estrelada por Angelina Jolie, e Meu Nome é Gal, que retrata a vida da cantora Gal Costa. A cineasta Dandara Ferreira, responsável por Meu Nome é Gal, destacou o desafio de transmitir os conflitos internos da artista nas telas. Para ela, uma boa cinebiografia deve explorar a subjetividade e os dilemas do personagem.

Luiz Zanin Oricchio, crítico de cinema, observa que o sucesso das cinebiografias depende da qualidade do roteiro e da direção. Ele ressalta que as melhores produções são aquelas que apresentam um equilíbrio, evitando tanto a santificação quanto a distorção da imagem dos biografados. O psicanalista Sérgio Telles complementa que o interesse por biografias é uma forma de identificação e projeção, permitindo que o público encontre conforto nas histórias de superação de outras pessoas.