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Cineastas iranianos enfrentam dilemas entre censura e liberdade no Festival de Cannes

Cineastas iranianos enfrentam dilemas éticos em Cannes, com Jafar Panahi e Saeed Roustaee debatendo censura e liberdade criativa.

Cena de 'Woman and child' (Foto: Divulgação)

Cena de 'Woman and child' (Foto: Divulgação)

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O cineasta iraniano Jafar Panahi apresentou seu novo filme, "It Was Just an Accident", no Festival de Cannes, marcando sua primeira participação em quinze anos. O filme, que aborda temas de vingança e moralidade, foi filmado clandestinamente no Irã, onde Panahi enfrenta restrições severas desde sua condenação em 2010.

A exibição de Panahi gerou controvérsia, especialmente em meio a críticas sobre a participação de outros cineastas iranianos no festival. O diretor Saeed Roustaee, que também apresenta seu filme "Woman and Child", foi criticado por seguir as diretrizes do regime iraniano, incluindo a obrigatoriedade do uso do hijab por suas protagonistas. Roustaee, que já enfrentou condenações, defendeu seu trabalho como uma forma de retratar a realidade social do Irã.

"Woman and Child" narra a história de uma mãe viúva que lida com as dificuldades de criar seus filhos em um ambiente opressivo. Roustaee afirmou que a obtenção de permissões para filmar foi um desafio, mas necessário para que sua obra pudesse ser exibida. Ele acredita que o movimento "Mulher, Vida, Liberdade", que surgiu após a morte de Mahsa Amini, trará mudanças, mas requer tempo.

Panahi, por sua vez, comentou que não existe uma "receita absoluta" para ser cineasta no Irã. Ele destacou que sua obra é influenciada por suas experiências de prisão e pela opressão que testemunhou. "It Was Just an Accident" segue um ex-prisioneiro político que sequestra seu suposto torturador, levantando questões sobre vingança e moralidade em um contexto de repressão estatal.

A presença de Panahi em Cannes, após anos de perseguição, simboliza a luta contínua dos cineastas iranianos por liberdade de expressão. A divisão entre os cineastas sobre como abordar a censura e a opressão no Irã continua a ser um tema central nas discussões do festival.

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