Diretor reflete sobre prêmios e desafios de 'O agente secreto' em Cannes

Kleber Mendonça Filho, cineasta pernambucano, fez história no Festival de Cannes 2025 ao lançar seu novo filme, O agente secreto. O longa, que explora a busca de um especialista em tecnologia por paz no Recife, rendeu ao diretor o prêmio de melhor direção e a Wagner Moura o prêmio de melhor ator.

A trajetória de Kleber em Cannes começou em 1999, quando participou como crítico de cinema. Desde então, ele se destacou com obras como Aquarius e Bacurau, este último lhe rendeu o Prêmio do Júri em 2019. Agora, com O agente secreto, ele se junta a um seleto grupo de cineastas brasileiros com três participações na mostra competitiva do festival.

O agente secreto se passa no final dos anos 1970, durante a ditadura militar no Brasil. Wagner Moura interpreta Marcelo, que retorna ao Recife em busca de um refúgio, mas logo descobre que a cidade não é o que esperava. O elenco conta com nomes como Maria Fernanda Cândido, Gabriel Leone e Udo Kier.

Kleber expressou seu desejo de desenvolver um filme para Moura, destacando a dedicação do ator ao projeto. Moura, que se preparou intensamente para o papel, afirmou que a experiência foi uma das melhores de sua carreira. O filme, que levou três anos para ser roteirizado, ainda não tem data de estreia no Brasil.

O júri do festival foi presidido pela atriz Juliette Binoche e incluiu outros nomes renomados como Halle Berry. Após 12 dias de exibições, A Simple Accident, de Jafar Panahi, conquistou a Palma de Ouro. O Festival de Cannes 2025 celebrou a diversidade e a riqueza do cinema internacional.