Série dinamarquesa 'A reserva' traz mistério e crítica social em Copenhague no verão

A série dinamarquesa “A reserva” estreou recentemente na Netflix e já se destaca entre as mais assistidas da plataforma. Ao contrário dos tradicionais suspenses nórdicos, que costumam se passar em ambientes invernais, a trama se desenrola no verão, em Copenhague, e aborda o desaparecimento de uma au pair filipina.

A narrativa gira em torno de Ruby, uma jovem que cuida de Oscar, filho de Rasmus e Katarina. Ruby vive em condições precárias na casa luxuosa da família, enquanto as tensões sociais e conflitos familiares emergem. As au pairs, que vêm das Filipinas, são retratadas como figuras subalternas, enfrentando um cotidiano de trabalho intenso e pouco lazer.

Cecile, uma amiga da família, se torna a protagonista ao se preocupar com o desaparecimento de Ruby. Em contraste, Katarina, que deveria ser uma aliada, demonstra descaso ao demorar a comunicar a situação à polícia. Essa dinâmica revela a desigualdade social presente na trama, que se aprofunda em mistérios e segredos familiares.

Dirigida por Per Fly, conhecido por seu trabalho em “Borgen”, “A reserva” apresenta uma construção narrativa sólida. Com seis episódios de pouco mais de meia hora, a série promete prender a atenção do espectador do início ao fim, mesmo com algumas falhas. Os elementos clássicos do gênero, como reviravoltas e a busca por justiça, estão presentes, tornando a experiência envolvente.