Renata Magalhães reflete sobre legado e a importância da vida após perdas

Cacá Diegues, renomado cineasta brasileiro, faleceu em 14 de fevereiro, deixando sua companheira, Renata Magalhães, em choque. Horas antes, ela havia deixado o cineasta no hospital, onde se preparava para uma cirurgia. Renata reflete sobre a vida e a morte, destacando o legado de Cacá e seus planos de restaurar seus filmes.

Em entrevista, Renata compartilhou sua experiência emocional após a perda. "Cacá foi chique até no momento de partir," disse, lembrando que ele estava feliz e se deliciando com doces antes da cirurgia. A morte do cineasta, aos 84 anos, foi inesperada e a deixou refletindo sobre a fragilidade da vida. Renata, que também perdeu a filha Flora, enfatiza que não acredita em karma, mas sim no acaso.

O documentário "Para Vigo Me Voy", que retrata a vida de Cacá, foi uma experiência catártica para Renata. "Foi emocionante, com dez minutos de aplausos," relembra. Ela destaca o impacto de Cacá no cinema brasileiro e sua dedicação ao país, afirmando que ele sempre priorizou o Brasil em suas obras. Renata planeja restaurar os filmes de Cacá e mantê-los acessíveis ao público.

Legado e Cinema Brasileiro

Renata expressa sua determinação em preservar o legado de Cacá. "A maior preocupação agora é levantar recursos para restaurar seus filmes," afirma. Ela menciona que o cineasta sempre quis que suas obras fossem vistas e que está comprometida em garantir isso. Além disso, Renata fala sobre a importância do cinema brasileiro e como a Academia Brasileira de Cinema, da qual é presidente, está se revitalizando.

Com o aumento do número de sócios e a participação de diretores renomados, Renata acredita que o cinema brasileiro está em um momento de renascimento. "O sucesso de um ajuda o próximo filme brasileiro," destaca, ressaltando a importância da colaboração no setor. Ela também menciona projetos futuros que Cacá tinha em mente e como pretende continuar seu trabalho.

Renata Magalhães, mesmo diante da dor, mantém um espírito otimista e uma visão clara sobre o futuro do cinema brasileiro, reafirmando a importância de celebrar a vida e a obra de Cacá Diegues.