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'Jaws' completa 50 anos: a trajetória do livro que virou fenômeno no cinema

Peter Benchley, autor de "Tubarão", se tornou defensor dos tubarões após lamentar o aumento da caça e a demonização da espécie.

Steven Spielberg durante as filmagens de 'Tubarão' (Foto: Reprodução)

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O romance "Tubarão", de Peter Benchley, lançado em 1974, se tornou um marco cultural, especialmente após a adaptação cinematográfica de Steven Spielberg em 1975. O livro, que narra a história de um grande tubarão branco que aterroriza uma pequena cidade, rapidamente se tornou um best-seller, mas também gerou consequências inesperadas.

Benchley, que inicialmente defendia os tubarões, lamentou o impacto negativo de sua obra. O autor observou um aumento na caça aos tubarões e na percepção deles como ameaças aos humanos. Sua esposa, Wendy Benchley, destacou que muitos leitores interpretaram o livro como um convite para matar tubarões, o que contraria a verdadeira natureza desses animais.

O Início do Fenômeno

O primeiro capítulo de "Tubarão" foi distribuído em 1973, gerando grande expectativa. Benchley, inspirado por um artigo sobre a captura de um tubarão gigante, começou a trabalhar no romance após ser incentivado por seu editor, Tom Congdon. O título "Tubarão" foi escolhido às pressas, mas se tornou icônico.

O livro não apenas capturou a atenção do público, mas também refletiu questões sociais da época, como divórcios e corrupção. Benchley conseguiu criar uma narrativa que, além do terror, abordava a fragilidade das relações humanas e a luta pela sobrevivência em um cenário de crise.

Consequências e Reflexões

Com o sucesso do livro, Benchley se tornou uma figura pública, enfrentando tanto a fama quanto a frustração. Ele percebeu que sua obra estava contribuindo para a demonização dos tubarões. "Tubarão" se transformou em um símbolo de medo, levando a um aumento na caça e em torneios de pesca.

Para reverter essa imagem, Benchley se tornou um defensor dos tubarões, promovendo a conscientização sobre sua importância no ecossistema. Ele participou de expedições para observar tubarões e se manifestou contra práticas prejudiciais, como a produção de sopa de barbatana.

Embora Benchley tenha escrito outros thrillers, nenhum alcançou o mesmo impacto que "Tubarão". Em suas últimas reflexões, ele expressou arrependimento por não ter previsto as consequências de sua obra. Contudo, sua esposa afirmou que ele se sentia em paz com o legado deixado, ressaltando a importância da conscientização sobre os tubarões.

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