07 de jul 2025

Filme 'Vitória' retrata a trajetória inspiradora de Joana da Paz na luta pela vida
Fernanda Montenegro brilha em "Vitória", que retrata a luta de Joana da Paz por dignidade e reconhecimento em meio à violência no Rio de Janeiro.

Fernanda Montenegro em cena do filme 'Vitória', de Andrucha Waddington e Breno Silveira (Foto: Divulgação)
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O filme "Vitória", lançado no Globoplay em 19 de junho, retrata a vida de Joana da Paz, uma ex-empregada doméstica que se tornou massoterapeuta e denunciou a violência em Copacabana, Rio de Janeiro. A narrativa destaca a luta de Joana, que, da janela de sua casa, filmou cenas de tiroteios e buscou ajuda das autoridades.
A atuação de Fernanda Montenegro como Dona Nina é um dos pontos altos do filme. A personagem enfrenta o dilema de deixar sua casa, um espaço que representa sua identidade e memória. A trama explora a importância da autonomia na velhice, refletindo sobre a dignidade que muitas vezes é retirada das pessoas idosas. A cena em que Dona Nina quebra uma xícara simboliza a violação de sua identidade, enquanto ela tenta juntar os cacos, representando a luta diária contra a violência.
A relação de Dona Nina com Marcinho, um menino que a ajuda, ilustra a solidão e a conexão humana em meio ao caos. O jornalista Flávio, que assiste às filmagens de Nina, a convence a entrar no programa de proteção à testemunha, sugerindo que ela adote o nome de Vitória. A partir desse ponto, a história se intensifica, mostrando a resistência de Nina em deixar sua casa, mesmo diante da ameaça.
A vida real de Joana da Paz, que nunca retornou ao Rio de Janeiro após ser forçada a sair, é um lembrete da luta por reconhecimento e dignidade. Fábio Gusmão, jornalista que inspirou o personagem Flávio, destaca que Joana desejava o crédito por sua coragem em enfrentar a violência. A representação de sua história por Fernanda Montenegro traz à tona a beleza e a complexidade de uma vida marcada por desafios.
O filme, dirigido por Andrucha Waddington e Breno Silveira, não apenas homenageia Joana, mas também a memória de Montenegro, que aos 95 anos continua a encantar o público. A obra é um convite à reflexão sobre a vida, a luta e a dignidade, mostrando que, mesmo diante das adversidades, a busca por um lar e por reconhecimento é uma constante na vida humana.
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