10 de jul 2025
TJ Klune critica Harry Potter e defende acesso à leitura para crianças
TJ Klune lança "A vida entre marionetes", que explora identidade e famílias por escolha em um mundo distópico dominado por robôs.

Escritor americano TJ Klune (Foto: Divulgação/ Arquivo Pessoal)
Ouvir a notícia:
TJ Klune critica Harry Potter e defende acesso à leitura para crianças
Ouvir a notícia
TJ Klune critica Harry Potter e defende acesso à leitura para crianças - TJ Klune critica Harry Potter e defende acesso à leitura para crianças
TJ Klune, autor renomado por suas obras de fantasia que celebram a diversidade, lança seu novo romance, A vida entre marionetes. A obra, publicada pela Morro Branco, apresenta um menino humano criado por robôs em um mundo distópico, abordando temas de identidade e "famílias por escolha".
A narrativa inverte a clássica fábula de Pinóquio, trazendo um protagonista que busca entender sua identidade em meio a uma sociedade dominada por máquinas. Klune, conhecido por títulos como Ravensong e A casa no mar cerúleo, mistura humor sombrio e crítica social, características marcantes de sua escrita. O autor destaca que, embora o livro não seja explicitamente queer, ele explora a ideia de famílias formadas por escolha, um conceito que ressoa fortemente com a comunidade LGBTQIA+.
Temas e Inspirações
Klune, que se descobriu gay aos 10 anos, compartilha que sua infância não foi acolhedora. Ele menciona que não teve uma família amorosa, o que o levou a construir sua própria rede de apoio ao longo da vida. Hoje, vive em uma cabana isolada nas montanhas de Washington, onde encontra inspiração para suas histórias. Seus livros frequentemente transmitem mensagens de esperança e pertencimento, como visto em A casa no mar cerúleo, onde o protagonista encontra aceitação em um orfanato para crianças extraordinárias.
Além de seu novo romance, Klune também se posiciona contra as opiniões transfóbicas de J.K. Rowling. Em um ensaio que acompanha a sequência de A casa no mar cerúleo, ele critica a autora por usar sua fortuna para financiar campanhas que muitos consideram prejudiciais à comunidade trans. Klune se autodenomina o "anti-J.K. Rowling", enfatizando a importância de refletir sobre o que consumimos culturalmente.
Reflexões sobre a Literatura
O autor defende que a escolha de ler ou não as obras de Rowling deve ser feita pelas crianças, e não imposta por adultos. Ele acredita que é essencial discutir as visões da autora com jovens leitores, permitindo que eles decidam o que é melhor para si. Klune continua a ser uma voz ativa na defesa dos direitos LGBTQIA+, utilizando sua plataforma para promover a aceitação e a diversidade em suas histórias.
Perguntas Relacionadas
Comentários
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela;
a responsabilidade é do autor da mensagem.