'BBB: O documentário' revela a trajetória e impacto do reality que transformou a TV brasileira

O Big Brother Brasil (BBB) chega à sua 25ª edição, desafiando a ideia de que o programa teria perdido o fôlego. O lançamento de “BBB: O documentário”, dirigido por Bruno Della Latta, apresenta quatro episódios que misturam arquivos e depoimentos de especialistas e participantes, destacando a evolução do comportamento social dos brasileiros desde a estreia do reality em 2002. Apesar das críticas, a importância do programa na cultura brasileira é inegável, refletindo transformações sociais e morais ao longo dos anos.

O documentário também aborda momentos marcantes, como a homofobia enfrentada por Jean Wyllys e os ataques racistas contra Solange Vega, evidenciando a falta de reação do público na época. Essas questões, que antes eram tabu, agora são discutidas abertamente dentro da casa, aumentando a relevância do programa em tempos de mudanças nas políticas de moderação de conteúdo nas redes sociais, especialmente em relação à comunidade LGBTQIA+.

Desde sua criação na Holanda em 1999, a franquia do BBB se espalhou por mais de 70 países, com os Estados Unidos liderando em número de edições. O programa brasileiro, no entanto, se destaca pela audiência, com cerca de 40 milhões de espectadores diários em 2021, representando quase um quinto da população. O recorde de audiência foi alcançado na quinta edição, com 47 pontos no Ibope, enquanto a versão americana atingiu apenas 9 milhões de telespectadores em sua primeira edição.

A popularidade do BBB no Brasil é impulsionada pelo "fator Globo", que mantém a emissora como a principal escolha dos telespectadores. Mesmo edições consideradas fracassadas, como a 19ª, ainda superam padrões internacionais de audiência, mostrando que o programa continua a ser um fenômeno cultural e social, gerando debates importantes e atraindo a atenção do público.