FireAid reúne lendas do rock em concerto beneficente para vítimas de incêndios

O mundo do rock tem uma longa história de solidariedade, com grandes concertos beneficentes que começaram com George Harrison em 1971, em apoio a Bangladesh. O auge desses eventos ocorreu com o Live Aid em 1985, que arrecadou fundos para a fome na Etiópia, e foi seguido por iniciativas como Live 8 e Live Earth. Embora esses concertos tenham deixado marcas indeléveis na história do rock, o cenário atual parece menos propenso a eventos humanitários, até o recente FireAid Benefit Concert em Los Angeles, realizado em 30 de janeiro de 2024, para apoiar vítimas de incêndios.

O FireAid contou com dois palcos e capacidade para cerca de 30 mil pessoas, mas não teve a mesma repercussão global que seus antecessores. Com quase seis horas de apresentações, o evento foi marcado por momentos emocionantes, embora tenha sido criticado por sua predominância de artistas mais velhos, como Joni Mitchell e Rod Stewart, em detrimento de novos talentos. Mitchell, aos 81 anos, fez uma aparição memorável, enquanto outros ícones, como Stevie Wonder e Sting, também se destacaram.

O evento trouxe colaborações inesperadas, como a abertura com Green Day e Billie Eilish, além de homenagens a artistas ausentes. A reunião dos sobreviventes do Nirvana, com quatro mulheres no lugar de Kurt Cobain, foi um dos pontos altos. Lady Gaga encerrou a noite com uma apresentação sóbria, destacando a necessidade de compaixão em tempos difíceis, especialmente com o atual clima político nos Estados Unidos.

Embora a eficácia desses concertos em mudar o mundo seja questionável, eles ainda desempenham um papel importante na conscientização sobre questões sociais. Com a crescente demonização da solidariedade e dos direitos humanos, eventos como o FireAid são essenciais para manter viva a discussão sobre compaixão e apoio às causas sociais.