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Beijo entre jagunços provoca polêmica no desfile da Império de Casa Verde em São Paulo

- A Império de Casa Verde apresentou o enredo "Cantando Contos. Reinos da Literatura", questionando clássicos. - O beijo entre jagunços, representando Riobaldo e Diadorim, gerou polêmica social. - A escola ficou em 6º lugar, destacando a desconstrução de narrativas literárias e quadrinhos. - O samba-enredo critica estereótipos, como a visão de heróis e princesas em histórias. - A apresentação incluiu corpos fora dos padrões, promovendo a diversidade e inclusão.

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Por Revisado por: Time de Jornalismo Portal Tela

Durante o desfile da Império de Casa Verde, realizado na noite de sábado (1º), a comissão de frente surpreendeu ao apresentar um beijo entre dois jagunços, representando Riobaldo e Diadorim, personagens do livro Grande Sertão Veredas, de João Guimarães Rosa. A obra, publicada em mil novecentos e cinquenta e seis, retrata o amor impossível entre […]

Durante o desfile da Império de Casa Verde, realizado na noite de sábado (1º), a comissão de frente surpreendeu ao apresentar um beijo entre dois jagunços, representando Riobaldo e Diadorim, personagens do livro Grande Sertão Veredas, de João Guimarães Rosa. A obra, publicada em mil novecentos e cinquenta e seis, retrata o amor impossível entre os dois, refletindo a rejeição da época à homossexualidade. A escola de samba, que ficou em 6º lugar em 2024, trouxe um enredo que desconstrói clássicos da literatura e quadrinhos, intitulado “Cantando Contos. Reinos da Literatura”.

O samba-enredo questiona a narrativa tradicional de histórias conhecidas, como a de Harry Potter e Batman. A Império de Casa Verde destaca que Hermione é a verdadeira protagonista da saga de Harry Potter e critica a figura do Batman por sua justiça feita com as próprias mãos. Além disso, a escola apresentou uma diversidade de corpos, desafiando padrões estéticos, e trouxe uma ala onde um sapo busca seu príncipe, não uma princesa, subvertendo contos de fadas tradicionais.

A letra do samba-enredo reflete essa proposta de desconstrução, questionando a lógica das histórias infantis e a visão distorcida da realidade. Frases como “Qual é a graça da criança que não cresce?” e “O super-homem é de outro planeta” provocam reflexões sobre desigualdade e preconceitos. A Império de Casa Verde, ao explorar essas narrativas, busca promover uma mensagem de amor e aceitação, utilizando a arte como ferramenta de crítica social.

O desfile foi marcado por referências a diversos personagens e histórias, com a escola apresentando um espetáculo visual que envolveu o público. A Império de Casa Verde reafirma seu compromisso com a inovação e a crítica social, utilizando o Carnaval como palco para discutir temas relevantes e contemporâneos, ao mesmo tempo em que homenageia a rica tradição literária.

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