Rir de alguém que levou um escorregão inesperado ativa o cérebro humano instantaneamente, explica estudo (Foto: Unsplash)

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Quatro fatores explicam por que tombos e tropeções geram risadas em nós - Quatro fatores explicam por que tombos e tropeções geram risadas em nós

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Quem nunca riu ao ver alguém tropeçar? Essa reação, muitas vezes considerada falta de empatia, tem explicações científicas. Pesquisas recentes identificaram quatro fatores que tornam essas situações engraçadas: violação da norma, surpresa, inofensividade da queda e expressão facial da vítima.

A violação da norma ocorre quando alguém não segue o esperado, como andar sem cair. Janet Gibson, professora emérita do Grinnell College, explica que, embora a queda cause perturbação, quanto mais a norma é quebrada, mais engraçada a situação se torna. A surpresa é o segundo ingrediente. A inversão de expectativas gera uma reação imediata no cérebro, seja pela queda em si ou pela forma como a pessoa cai.

Outro aspecto importante é a inofensividade da queda. Situações que não resultam em ferimentos graves são mais propensas a serem vistas como cômicas. Gibson destaca que a seriedade da situação e a fragilidade da vítima influenciam a percepção do humor. Por fim, a expressão facial da pessoa que caiu também é crucial. Se a vítima parece estar com dor, a cena não é engraçada. No entanto, se demonstra surpresa ou constrangimento, tende a se tornar uma piada.

O Papel do Distanciamento

O professor de marketing Caleb Warren, da Universidade do Arizona, acrescenta que o distanciamento social e temporal pode transformar situações graves em cômicas. Quando a queda acontece longe de nós, ou com alguém que não conhecemos, é mais fácil rir. O mesmo se aplica a eventos que, com o tempo, se tornam engraçados, desde que não tenham causado danos sérios.

Gibson e Warren concordam que não devemos nos sentir culpados por rir de quedas inofensivas. A psicóloga Geneviève Beaulieu-Pelletier, da Universidade de Québec, ressalta que a reação ao humor é uma resposta à surpresa e à falta de congruência da situação.

O Outro Lado da Moeda

Por outro lado, a vítima de um tombo geralmente sente vergonha. O psicólogo Roland Miller, da Universidade Estadual Sam Houston, explica que essa sensação é amplificada na presença de estranhos. A avaliação social e a demonstração pública são fatores que intensificam o constrangimento. Quando estamos com amigos ou sozinhos, a vergonha tende a ser menor.

Miller sugere que o embaraço pode ser visto de forma positiva, como um pedido não verbal de desculpas. Ele recomenda que, ao cair, a pessoa deve se levantar, reconhecer a situação e seguir em frente. Essa abordagem pode ajudar a lidar com o constrangimento e a transformar a experiência em algo leve.

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