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Rejeição no Japão a game sobre Yasuke revela polêmica cultural e histórica

Yasuke, primeiro samurai estrangeiro, serviu Oda Nobunaga no século XVI. O jogo Assassin’s Creed: Shadows gerou controvérsia por sua representação cultural. Críticas apontam imprecisões históricas e desrespeito à cultura japonesa. Ubisoft adiou o lançamento para março de 2025, após forte rejeição no Japão. Versão amena do jogo será lançada, sem cenas de mutilação, para respeitar a cultura.

PESQUISA - Ilustração do século XVII: o suposto “samurai negro” (à esq.) (Foto: Ubisoft/Divulgação)

PESQUISA - Ilustração do século XVII: o suposto “samurai negro” (à esq.) (Foto: Ubisoft/Divulgação)

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Yasuke, um jovem negro que serviu ao senhor feudal japonês Oda Nobunaga no século XVI, é uma figura histórica intrigante. Acredita-se que ele tenha nascido em Moçambique e chegou ao Japão em 1579, a serviço do jesuíta Alessandro Valignano. Nobunaga, impressionado com suas habilidades, o incorporou ao seu séquito, tornando-o um dos primeiros samurais de origem estrangeira, embora essa afirmação gere debates acadêmicos.

Recentemente, Yasuke foi retratado no jogo Assassin’s Creed: Shadows, onde é uma das duas figuras jogáveis, ao lado da shinobi Naoe. O jogo, que tinha grandes expectativas, enfrentou forte rejeição no Japão devido à representação de Yasuke como um assassino, considerada historicamente imprecisa e desrespeitosa. Críticos alegaram que os desenvolvedores priorizaram visões contemporâneas em detrimento da autenticidade cultural.

O produtor Karl Onneé afirmou que trabalharam com historiadores para construir a narrativa, mas isso não foi suficiente para evitar as críticas. A representação de Yasuke destruindo um santuário e o uso de elementos culturais sem autorização aumentaram a controvérsia. A Ubisoft tentou justificar sua abordagem, afirmando que o objetivo não era apresentar representações factuais, mas sim despertar a curiosidade dos jogadores.

Em resposta à polêmica, a Ubisoft anunciou que a versão japonesa de Shadows será menos violenta, sem cenas de mutilação. A discussão em torno do jogo reflete uma batalha mais ampla sobre respeito cultural e representação, destacando a importância de pesquisas sérias e a necessidade de evitar estereótipos. A série Assassin’s Creed já enfrentou críticas em outros lançamentos, evidenciando a crescente demanda por representações mais precisas e respeitosas na indústria de jogos.

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