Nezahualcóyotl, tlatoani de Texcoco no século XV, teria sido um forte candidato ao prêmio Pritzker, caso ele existisse na época. Reconhecido por sua habilidade como poeta e arquiteto, ele foi responsável por notáveis construções hidráulicas, como o albarradón, que separava águas limpas de poluídas, prevenindo inundações em Tenochtitlan. Entre suas obras, destacam-se os acuedutos, que […]
Nezahualcóyotl, tlatoani de Texcoco no século XV, teria sido um forte candidato ao prêmio Pritzker, caso ele existisse na época. Reconhecido por sua habilidade como poeta e arquiteto, ele foi responsável por notáveis construções hidráulicas, como o albarradón, que separava águas limpas de poluídas, prevenindo inundações em Tenochtitlan. Entre suas obras, destacam-se os acuedutos, que forneciam água potável à população da cidade.
Um dos locais menos conhecidos projetados por Nezahualcóyotl são os Banhos de Nezahualcóyotl, em Texcoco, bem preservados e pouco visitados. Segundo o professor Daniel Monroy, da UNAM, esses banhos datam de aproximadamente 1453 e eram um espaço de tranquilidade, com jardins floridos e fauna exótica. A filosofia dos povos mesoamericanos valorizava a natureza, buscando preservá-la para as futuras gerações.
Atualmente, o acesso ao local é complicado, e a falta de sinalização e informações limita a experiência dos visitantes. Monroy observa que o governo não consegue manter todos os sítios arqueológicos, o que resulta em uma visita menos informativa. O trajeto até os banhos inclui uma escadaria de pedra e culmina em uma vista panorâmica do templo no topo do cerro.
Embora os banhos não fossem destinados ao lazer como as termas romanas, eram utilizados para rituais de purificação e meditação. Monroy destaca que, apesar de sua importância histórica, poucos turistas visitam o local, que oferece uma oportunidade única de imersão na cultura e na poesia que inspiraram Nezahualcóyotl.