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16 de ago 2025

Artista argentina eleva a cesteria criolla a novas dimensões artísticas

Eugenia Mendoza revitaliza a cesteria tradicional, unindo arte contemporânea e reflexão sobre a crise de ofícios no Delta do Tigre

Eugenia Mendoza em seu atelier no bairro de Beccar, na província de Buenos Aires, em 17 de julho de 2025. (Foto: MARIANA NEDELCU)

Eugenia Mendoza em seu atelier no bairro de Beccar, na província de Buenos Aires, em 17 de julho de 2025. (Foto: MARIANA NEDELCU)

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Eugenia Mendoza, artista argentina, transforma a cesteria tradicional em arte contemporânea, utilizando materiais como mimbre e formio. Sua obra reflete sobre a perda de ofícios e a relação entre o artesanal e o industrial, em um contexto marcado por mudanças econômicas e sociais.

Mendoza cresceu no Delta do Tigre, onde a cesteria tem raízes históricas. Influenciada por sua família, que trouxe a técnica da Espanha, ela começou a explorar essa arte durante uma residência artística. "O objetivo do ofício era transportar frutos, mas com o tempo tornou-se decorativo", explica a artista. Com isso, ela busca recuperar a funcionalidade da cesteria, criando peças monumentais que desafiam as formas tradicionais.

A artista destaca a importância de romper com as formas orgânicas e criar estruturas que geram tensão no material. Seu trabalho já foi exposto em diversas galerias de Buenos Aires e está presente em coleções em cidades como Los Angeles e Nova York. A curadora Sofía Jacky-Rosell ressalta que a obra de Mendoza não se limita a preservar a técnica, mas a expandi-la para novos territórios.

Impacto Ecológico e Cultural

Mendoza utiliza fibras naturais, como o mimbre e o formio, que carregam uma carga simbólica e ecológica. A artista coleta e reutiliza esses materiais, transformando-os em obras que questionam a lógica do consumo atual. "Estamos preenchendo o planeta com objetos sem saber sua origem", afirma Jacky-Rosell.

A cesteria, uma prática que já foi comum no Delta do Tigre, enfrenta desafios devido ao crescimento imobiliário e à perda de ofícios. Mendoza observa que "poucos mestres cesteros permanecem ativos", refletindo a crise econômica que afetou a região. Miguel Ángel González, um dos últimos artesãos, confirma a diminuição do número de produtores e a dificuldade em manter a tradição.

Mendoza busca criar um diálogo entre o artesanal e o industrial, explorando como esses mundos podem coexistir. "Quero gerar uma sensação de estranheza, como se as peças viessem de outra época", diz a artista, que vê seu trabalho como uma forma de investigação e reflexão sobre a materialidade e o destino dos objetos.

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