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27 de jan 2025

Moda em crise: diversidade de corpos, gêneros e raças perde espaço em campanhas publicitárias

A modelo Amanda Brandão, 30 anos, relata queda nas oportunidades para plus size. Pressão do mercado e mudanças políticas afetam diversidade na moda. Estudo da CFDA revela desigualdade na percepção de inclusão racial e de gênero. Especialistas afirmam que a falta de dados concretos prejudica a diversidade. Iniciativas inclusivas ainda existem, mas enfrentam resistência e retrocesso.

Foto:Reprodução

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Nos últimos dois anos, a modelo plus size Amanda Brandão, de 30 anos, observou uma queda significativa nas oportunidades de trabalho, refletindo uma pressão crescente para que modelos como ela reduzam suas medidas. Amanda, que possui um manequim 44/46 e é reconhecida por seu corpo curvilíneo, relatou que a "era do Ozempic" fez com que algumas marcas esquecessem a pluralidade que antes promoviam. Ela afirmou: “O trabalho com grandes grifes diminuiu”, e mencionou o aumento de situações de gordofobia que não enfrentava anteriormente.

A falta de representatividade na moda, tanto em passarelas quanto em campanhas, é um problema crescente. Um estudo da CFDA de 2021 revelou que apenas 57% dos funcionários negros acreditavam que suas empresas eram eficazes em promover inclusão racial e de gênero, em comparação com 77% dos brancos. A situação pode ser agravada pela volta de Donald Trump à presidência dos EUA, que anunciou o fim de políticas de diversidade, refletindo um retrocesso após os movimentos sociais que ganharam força antes da pandemia.

O fotógrafo Gustavo Paixão, que atua na indústria há 13 anos, destacou a predominância de profissionais brancos nas equipes de trabalho, afirmando que a diversidade é frequentemente ignorada, a menos que haja uma filmagem envolvida. A maquiadora Fernanda Suzz também notou a falta de preocupação com a diversidade nas equipes, observando que isso ocorre apenas quando é conveniente para as marcas. O especialista em branding, Fábio Monnerat, apontou que a busca por lucro tem levado grandes conglomerados a abandonarem a diversidade, apesar de estudos da McKinsey & Company indicarem que empresas diversas tendem a ser mais lucrativas.

Apesar do cenário desanimador, profissionais como a beauty artist trans Maxi Weber e a estilista Day Molina continuam a lutar por inclusão e diversidade na moda. Maxi enfatiza a importância de “impulsionar as comunidades” e acredita no poder das novas narrativas. Day, por sua vez, lidera uma equipe composta exclusivamente por mulheres de diferentes origens, buscando construir uma história que promova acessos e inovação. Ambas representam a esperança de que a diversidade e a inclusão possam ser resgatadas no futuro da moda.

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