01 de mar 2025
Tapete vermelho do Oscar: grifes de luxo competem por visibilidade e desejo do público
O tapete vermelho do Oscar é um espaço de grande visibilidade para marcas. Marcas competem para vestir atrizes, como Jennifer Lawrence e Dior em 2013. A evolução inclui ousadias masculinas, como Billy Porter em 2019. A espetacularização de eventos, como o Met Gala, reflete novas normas de vestuário. A busca por individualidade desafia tradições em um ambiente altamente regulado.
Foto:Reprodução
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A cerimônia do Oscar, realizada em Los Angeles, se transforma em um espetáculo de moda, onde marcas competem para vestir atrizes, especialmente aquelas indicadas a prêmios. Jennifer Lawrence, por exemplo, teria recebido US$ 4 milhões da Dior em 2013 para usar um vestido off-white, um caso extremo que exemplifica a relação entre grifes e celebridades. Essa dinâmica não é nova; ícones como Audrey Hepburn e Cher já foram vestidas por grandes estilistas, mostrando que a conexão entre moda e cinema é histórica.
Segundo Cláudia Vicentini, professora de Têxtil e Moda na USP, as marcas não apenas buscam publicidade, mas também uma "carga simbólica" que fortalece sua imagem. O tapete vermelho se tornou uma estratégia de visibilidade, especialmente após a transmissão do evento na TV, que começou na década de 1950. Elizabeth Castaldo Lundén, autora de "Fashion on the red carpet", destaca que, apesar da queda na audiência, o Oscar continua sendo a premiação mais assistida globalmente, gerando um efeito redemoinho de imagens na mídia.
A midiatização do tapete vermelho evoluiu nas últimas décadas, com eventos como o Met Gala ganhando destaque. Maria Claudia Bonadio, professora de História da Moda, observa que o Oscar também passou a incorporar elementos de espetáculo, como o icônico vestido de cisne de Björk em 2001. A presença masculina no evento também se diversificou, com figuras como Billy Porter e Pharrell Williams desafiando as normas tradicionais de vestuário.
A evolução da moda masculina no tapete vermelho reflete uma busca por individualidade em um ambiente regrado. Carolina Casarin, pesquisadora de História da Moda, explica que a ousadia masculina é mais visível, já que as roupas masculinas tendem a ser mais formais e limitadas. Essa transformação, embora desafiadora, representa um vetor de modernização na moda, que começou a ganhar espaço para as mulheres apenas no início do século XX, com a influência de Coco Chanel.
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