A gastronomia no Brasil tem ganhado destaque significativo na economia criativa, refletido na popularidade de programas de TV e premiações como as estrelas Michelin. Nos últimos 25 anos, o cenário mudou drasticamente, com o surgimento de cursos superiores de culinária, que formam não apenas chefs, mas também profissionais para a indústria alimentícia. Antes da década […]
A gastronomia no Brasil tem ganhado destaque significativo na economia criativa, refletido na popularidade de programas de TV e premiações como as estrelas Michelin. Nos últimos 25 anos, o cenário mudou drasticamente, com o surgimento de cursos superiores de culinária, que formam não apenas chefs, mas também profissionais para a indústria alimentícia. Antes da década de 1990, a gastronomia era uma área pouco explorada, e muitos aspirantes buscavam formação no exterior. O primeiro curso superior no Brasil foi criado em 1999 pela Universidade Anhembi Morumbi, com a ajuda de Rosa Moraes, que buscou parcerias internacionais para desenvolver o currículo.
O Le Cordon Bleu, uma das mais renomadas escolas de gastronomia do mundo, chegou ao Brasil em 2018, oferecendo cursos que combinam técnicas tradicionais com inovações. O diretor executivo, Patrick Martin, destaca que a escola adapta seus programas para incluir novas tecnologias, atendendo à demanda crescente por opções veganas e vegetarianas. Os cursos variam em duração e custo, com o Grand Diplôme custando até R$ 187 mil. Em 2024, a expansão do Le Cordon Bleu incluirá novas parcerias com universidades em várias capitais, como Belo Horizonte e Porto Alegre.
O Senac também tem se destacado na formação de profissionais de gastronomia, oferecendo cursos desde 2001. Com uma abordagem que combina teoria e prática, a instituição já formou milhares de alunos e adaptou seus currículos para atender às novas demandas do mercado. A coordenadora Zenir Dalla Costa menciona que, durante a pandemia, o curso foi revisado e agora inclui opções de ensino a distância, com avaliações práticas regulares. Os cursos presenciais custam R$ 3.102 mensais, enquanto a versão EaD é de R$ 621.
A Universidade Estácio de Sá é outra instituição relevante, oferecendo o curso de tecnólogo em gastronomia desde 2003. Com uma média de 500 novos alunos por semestre, a Estácio promove uma formação abrangente, que inclui disciplinas como nutrição e segurança alimentar. O coordenador Marcelo Vieira da Silva ressalta a diversidade dos alunos, que vão de jovens a pessoas com mais de 70 anos. A universidade também incentiva a participação em eventos de grande porte e projetos de sustentabilidade, como compostagem, integrando teoria e prática na formação dos futuros profissionais da gastronomia.