15 de jul 2025
Consumo em 2025: o que muda no comportamento do brasileiro
Entenda as tendências que definem o mercado atual e o que esperar do consumidor do futuro

Moedas de centavos amontoadas. (Imagem: Creative Commons)
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A vida em modo equilibrista: o novo perfil do consumidor brasileiro
Com inflação elevada, instabilidade cambial e aumento do custo de vida, o consumidor brasileiro em 2025 adota uma postura estratégica. Chamada de “perfil equilibrista”, essa atitude combina economia doméstica, busca por promoções e reavaliação constante de prioridades. O objetivo é simples: manter o consumo sem comprometer a estabilidade financeira.
Enquanto o consumo dentro de casa cresce modestamente (com alta estimada de 2% em volume), o fora do lar desacelera. Comer em casa, substituir itens premium por versões mais acessíveis e valorizar canais como atacarejos e e-commerce são atitudes em alta. O desafio para as marcas? Se adaptar a esse novo consumidor: mais racional, mais digital e mais exigente.
O consumidor digital e a era da hiperpersonalização
A digitalização segue como motor das transformações no varejo. Em 2025, o consumidor espera uma experiência rápida, personalizada e integrada entre físico e digital (omnichannel). A inteligência artificial é peça-chave nesse processo: de recomendações personalizadas a chatbots, ela aumenta a eficiência e a satisfação do cliente.
Outro destaque é o impacto das redes sociais na decisão de compra. Influenciadores, conteúdo de usuários e vídeos curtos ditam tendências, especialmente entre as gerações mais jovens. O social selling e o live commerce se consolidam como novas vitrines do consumo digital.
Os novos pilares de decisão
Não basta mais vender um bom produto. O consumidor de 2025 exige que marcas tenham posicionamento claro e responsabilidade socioambiental. Cerca de 81% dos brasileiros já adotam hábitos sustentáveis, e a transparência é um fator decisivo na fidelização.
As marcas mais admiradas são aquelas que alinham discurso e prática, oferecem experiências éticas e transparentes e demonstram comprometimento com o bem-estar coletivo, além da qualidade do que vendem.
Geração por geração: o que move cada perfil de consumidor
- Baby Boomers (1946–1964): tradição e cautela
Valorizam marcas conhecidas, confiáveis e que entregam segurança. Fazem compras mais planejadas e exigem clareza nas informações. Crescem no e-commerce, mas ainda preferem canais tradicionais.
- Geração X (1965–1980): pragmatismo com curiosidade
Equilibram qualidade e preço. São receptivos a novas marcas, mas valorizam o atendimento presencial. Leem avaliações, confiam em indicações e são influenciados por mídia tradicional, como a TV.
- Millennials (1981–1996): propósito, conveniência e conexão
Querem agilidade, boas experiências e identificação com os valores da marca. São nativos das redes sociais, sensíveis ao marketing de influência e atentos à sustentabilidade e ao impacto social.
- Geração Z (1997–2009): autenticidade e instantaneidade
Nativos digitais e multitela, consomem conteúdos rápidos e personalizados. São influenciados por TikTok, fazem compras por impulso em micro-momentos e valorizam inovação e diversidade.
- Geração Alpha (2010–2025): o futuro já chegou
Crescendo em um mundo mobile e imersivo, essa geração será marcada por experiências digitais, realidade aumentada, voz ativa na decisão de compra e forte vínculo com causas socioambientais.
Consumo do futuro
As experiências imersivas — como realidade aumentada e virtual — estão ganhando espaço, transformando a jornada do consumidor em algo interativo e memorável. Ao mesmo tempo, cresce a exigência por segurança e privacidade. O futuro do varejo depende da capacidade de unir inovação e responsabilidade digital.
Conteúdo gerado pelo usuário (reviews, vídeos, comentários) se torna moeda de confiança e engajamento, e o mobile commerce já representa uma fatia crescente do varejo. Personalização, simplicidade e fluidez em todos os canais serão decisivos.
Adaptabilidade é a chave
Mais do que nunca, entender o comportamento de consumo em 2025 significa estudar gerações, adotar tecnologia com propósito e, acima de tudo, ouvir o cliente. As marcas que conseguirem equilibrar valor, experiência e relevância sairão na frente. Afinal, o consumidor de hoje é múltiplo, exigente e, como o próprio mercado, em constante transformação.
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